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ABRH-SP apoia o movimento Não Demita

Idealizada pelo presidente do Conselho da Ânima Educação, Daniel Castanho, inicialmente como um manifesto, a iniciativa Não Demita se tornou um movimento que já conta com a adesão de mais de 4 mil empresas, de todos os segmentos e tamanhos. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o compromisso de todas elas é um só: não fazer o desligamento de funcionários até 31 de maio deste ano (a lista atualizada pode ser conferida no site https://www.naodemita.com/).

“Não se trata de um contrato jurídico, mas de um acordo moral e ético”, explica Daniel. “É certo que nem todas podem evitar as demissões nesse momento. Há aquelas que já enfrentavam problemas anteriores à crise ou tinham acabado de contrair um empréstimo para alavancar o crescimento. Algumas vão quebrar mesmo, mas as que podem não devem demitir para evitar o colapso da economia. Nesse momento, temos de fazer de tudo para manter os funcionários.”

O movimento chamou a atenção da ABRH-SP, que se tornou apoiadora institucional da iniciativa. “Manter os empregos, mesmo em momentos como esse, é um ato de cidadania para as empresas que estão em dificuldades. Muitas delas podem postergar ou evitar demissões. Parabenizo o Daniel por criar o Não Demita”, diz o presidente da Associação, Guilherme Cavalieri, que lembra que um dos pilares estratégicos da ABRH-SP tem como foco justamente o estímulo ao Trabalho e à Geração de Renda.

Para disseminar ainda mais o movimento e incentivar outras empresas a aderirem a ele, a ABRH-SP organizou um webinar na manhã da última quinta com as participações de Guilherme, Daniel e de Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza – uma das primeiras empresas a aderir ao Não Demita.

Sempre ouvida pela mídia e presente em grandes eventos, Luiza Helena tem pedido calma aos empresários e feito apelos para que conservem os empregos nesse momento. “Primeiro, eles precisam olhar com atenção para as medidas propostas pelo governo, principalmente as trabalhistas. Tenho dito que o pânico está tão grande que eles não estão conseguindo ver as medidas que o governo está tomando”, alerta Luiza Helena, que também tem pedido a união de todos os setores: “O que tenho mais falado para as pessoas é parar de questionar. Agora é hora de esperar o momento certo porque a saúde tem que ser privilegiada. Estou pedindo uma trégua, ter só um partido que é o Brasil”.

Segundo Luiza Helena, ela não poderia assinar algo sem dar o exemplo. O Magazine Luiza foi uma das primeiras empresas a reagir à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. “Fechamos as lojas conforme as orientações dos governos e órgãos de saúde, antecipamos as férias dos funcionários e diminuímos de 30% a 80% os salários de executivos e diretores, além de investir muito na comunicação com as equipes sobre o momento e o que irá acontecer”, conta.

A empresa também foi além, passando a contribuir diretamente com alguns dos públicos que mais estão sendo afetados pela paralisação das atividades econômicas e a quarentena: os autônomos e micro e pequenos varejistas. Para aqueles que ainda não tinham presença na internet, o Magazine Luiza criou o Parceiro Magalu, plataforma digital de vendas on-line, com condições bem favoráveis a esse público.

Valorização

Atitudes como a do Magazine Luiza já estão sendo valorizadas pelos consumidores. Daniel tem enxergado esse movimento em relação às que adeririam ao Não Demita. Para ele, os funcionários têm orgulho de trabalhar numa empresa em que os CEOs entendem o momento enfrentado por todos e os consumidores se tornam fiéis a marcas que têm atitudes como essa, da mesma forma que fazem com aquelas que investem em sustentabilidade. “Certamente essas empresas serão as mais valorizadas nessa nova sociedade que está se formando”, acredita.

Ele acrescenta: não demitir agora é uma atitude inteligente para que a retomada depois da crise seja ainda mais rápida. “É o momento de entender que todo mundo faz parte do mesmo ecossistema. Não adianta estar bem se extra muros as pessoas estão mal. É a hora de pensar o Brasil de uma maneira única e integrada.”

Fonte: O Estado de São Paulo, 19 de Abril de 2020.

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