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Quiet quitting: fenômeno que sinaliza necessidades de mudança para profissionais e empresas

A pandemia trouxe a reboque uma transformação organizacional com impactos profundos na cultura das empresas. A possibilidade de executar as tarefas em home office ou de forma híbrida, por exemplo, adquiriu uma condição de perenidade em um grande número de corporações brasileiras, que são impelidas a reordenar processos produtivos e o próprio ambiente de trabalho. No entanto, há um fenômeno em curso que merece total atenção das organizações. Trata-se do quiet quitting, que em tradução livre significa “desistência silenciosa”.

O diretor consultivo da ABRH-SP, Wellington Silverio, observa que o isolamento dos profissionais em home office no período mais crítico da pandemia representou uma condição propícia a reflexões. “As pessoas passaram a pensar profundamente sobre valores”, diz. “Nestas reflexões, elas questionaram o papel do trabalho, a importância da família e das relações e também as maneiras de balancear tudo isso.”

Muitos profissionais, a partir de questionamentos, passaram a realizar apenas as tarefas estritamente necessárias ao trabalho, evitando a sobrecarga e as longas jornadas. “Em muitos casos, o que ocorreu é o mesmo que dizer ‘vou fazer o mínimo no trabalho e colocar o meu máximo em outras atividades’. E este é um posicionamento que caracteriza a desistência silenciosa”, destaca Silverio.

Ao mesmo tempo, avalia o diretor consultivo da ABRH-SP, grande parte das desistências silenciosas observadas pelas organizações estão relacionadas a aspirações, como mudança de carreira, e também como contribuir não só com a organização, mas também com a própria realização pessoal e profissional.

Para as empresas, o quiet quitting traz impactos importantes. À medida que há menos engajamento, menor compromisso e insatisfação por parte do colaborador, muitas questões são colocadas em xeque. “Podemos, em um primeiro momento, lançar duas perguntas: como seguir investindo em um ambiente de trabalho em equipe e como construir uma organização que possa alavancar valores?”, destaca.

O fenômeno quiet quitting, na visão do diretor consultivo da ABRH-SP, é uma oportunidade para que as organizações também se lancem a reflexões. “Com a desistência silenciosa, as empresas têm a chance de entender que o que funcionava antes, agora não funciona mais”, diz.

Do ponto de vista de Recursos Humanos, Wellington Silverio observa que é necessário refletir sobre o quanto a área tem promovido e desafiado as corporações em sua transformação. “Como profissionais de RH devemos olhar para este fenômeno, que é real, e provocar as organizações a focarem em uma experiência de valor, positiva, como uma grande oportunidade de se reinventarem, para que tenhamos os nossos talentos ainda mais felizes no ambiente de trabalho e, consequentemente, para que isso funcione como um grande antídoto contra o quiet quitting”, finaliza o diretor consultivo da ABRH-SP.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (28 de Novembro de 2022)

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