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ARTIGO – Resiliência: competência essencial do profissional do século 21

Nos dias atuais, permeados por mudanças de naturezas diversas e alta competitividade, a rotina das organizações tem como constante um ambiente instável e o sentimento de incerteza. Tais fatores são oriundos do dinamismo existente no mundo empresarial, que requer mudanças imediatas quase diariamente. Nesse contexto dinâmico, as pessoas precisam ter maior habilidade e agilidade para se adaptar rapidamente. 

Nas posições de liderança, a exigência é maior. O gestor de pessoas recebe o dobro das pressões, tendo a responsabilidade de equilibrar suas necessidades e expectativas, bem como as das pessoas de suas equipes, somadas à responsabilidade inerente de sua função de gerenciar as pressões advindas do ambiente externo. Esse ambiente profissional é considerado pelos especialistas como um grande gerador de estresse. 

Observa-se que uma das competências necessárias para as pessoas dentro das organizações, primeiramente, é o autoconhecimento somado à habilidade de administrar a si próprio diante das adversidades existentes em todos os acontecimentos. Essa necessidade constante de adaptar-se e equilibrar-se para enfrentar as adversidades das mudanças exige das pessoas o que chamamos resiliência.

Resiliência é um termo encontrado na Física, que configura a capacidade que um corpo possui de, logo após ser submetido a um impacto, retornar ao seu estado normal sem se desconfigurar. Assim, podemos fazer uma associação simples, considerando que a pessoa resiliente, após ter enfrentando uma série de problemas, crises e/ou dificuldades em sua vida seja ela pessoal ou profissional, consegue, através da autoconfiança, energia para continuar, com foco na solução e não no problema ocorrido.
No ambiente de trabalho, resiliência pode ser considerada a capacidade de o indivíduo enfrentar as adversidades, ser transformado e desenvolvido por elas, conseguindo superá-las. O foco de atenção não pode estar na adversidade dos fatos, mas, sim, no propósito e na capacidade das pessoas isoladamente ou em equipe de promover estratégias e formas de enfrentamento da situação adversa.

A resiliência pode ser observada no comportamento de pessoas, por meio de cinco características: 1. positivas – conseguem ver oportunidades no perigo e imaginam situações de sucesso em vez de fracasso; 2. focadas – conseguem se concentrar nas metas que pretendem atingir sem se desviar de seus objetivos; 3. flexíveis – consideram outras alternativas que também podem levá-las ao mesmo fim; 4. organizadas – conseguem definir uma estrutura diante do caos e sabem priorizar; e 5. proativas – possuem iniciativa.

No contexto organizacional, torna-se imprescindível identificar as diferenças dos fatores de mudanças e das pessoas com quem convivemos. É importante também valorizar e reforçar as atitudes dos que possuem facilidade e disposição para enfrentar os desafios e as incertezas organizacionais e sentem-se comprometidos com as metas e resultados da empresa, em troca de reconhecimento e valorização profissional e pessoal.

Por outro lado, é fundamental compreender o comportamento e a maneira de atuar daqueles que têm dificuldades de enxergar de forma positiva os momentos de estresse e pressão, auxiliando-os no desenvolvimento de comportamentos que possam assegurar o equilíbrio entre as pressões organizacionais e as suas pressões internas.

A capacidade de identificar, gerenciar e conviver com as características de adversidade advindas das pressões cotidianas dentro das organizações é denominada pela Psicologia Positiva como estratégias protetivas, ou seja, permite que o ser humano envolvido seja capaz de criar programas de capacitação e desenvolvimento dentro da organização que permitam o aprendizado, amadurecimento e evolução da liderança, para que possa atuar de forma efetiva e produtiva como gestor de pessoas. 

Considerando que é inerente do ser humano ser flexível e persistente, acredita-se que é possível promover condições para que as pessoas construam comportamentos mais resilientes. A fim de que as organizações superem seus momentos de crises e incertezas econômicas, torna-se imprescindível o apoio recebido da liderança e colaboradores que possuem características resilientes, pois estes possibilitam que a empresa vivencie e ultrapasse as situações mais difíceis de serem superadas. 

A pressão, os conflitos e as incertezas são fatores presentes no mundo corporativo. Quando as pessoas, gestoras ou não, conseguem aproveitar as situações geradas por tais fatores como possibilidades de aprendizado e desenvolvimento individual estarão preparadas para lidar com as mudanças e, dessa forma, enfatizar o autodesenvolvimento e favorecer o crescimento organizacional.

Saber identificar caminhos que permitam aproveitar os momentos instáveis para transformá-los em oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal e organizacional é uma das competências mais importantes para o profissional nos dias de hoje.

Edna Rodrigues Bedani é diretora de Conhecimento e Aprendizagem da ABRH-SP

 

Página ABRH-SP – 15 de dezembro

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