Como a crise afeta as relações trabalhistas

O que muda nas relações trabalhistas em um cenário de crise e orçamento restrito foi o tema principal do debate promovido pelo Corhale – Comitê RH de Apoio Legislativo, na manhã da quinta passada, na sede da ABRH-SP. O evento contou com as apresentações de Stan Braz, sócio-diretor da ITKT Business Solution e advisor do Sintelmark – Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos, Carlos Silva e Wolnei Tadeu Ferreira, respectivamente responsáveis pela área Jurídica da ABRH-SP e da ABRH-Brasil.

Segundo Ferreira, diante de um cenário de desaceleração da geração de emprego, inflação em alta e desequilíbrio econômico, as expectativas para este ano são de avanços trabalhistas tímidos, continuidade do sistema de correção do salário mínimo, crescimento da pressão pela manutenção da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e inclusão de garantias de emprego nas negociações coletivas.

Já Silva abordou o quanto o cenário atual influencia a gestão de pessoas dentro das empresas e o que pode ser feito para superar as dificuldades: “É uma oportunidade para rever a administração de benefícios, as práticas e políticas salariais, simplificar processos e estruturas, e realocar recursos, bem como aproveitar melhor o canal das mídias sociais, intensificar a comunicação, dando sempre a informação oficial, e preparar-se para as negociações internas dentro da organização”.

Por sua vez, ao analisar o novo cenário econômico de forma global, Braz abordou as preocupações que as empresas devem ter com o momento atual e com as diferenças geracionais no ambiente corporativo. As soluções passam por pensar em estruturas mais ágeis, ter formas de comunicação transparente, dar atenção às mídias sociais e rever os valores, pois a maioria das organizações foi fundada entre 20 e 30 anos atrás.