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Luz no final do túnel!

Com as eleições do último domingo, essa etapa do papel democrático está cumprida. Neste momento, há de se direcionar o nosso pensar e agir com elevado espírito contributivo e positivismo. Este talvez seja o único “ismo” que se espera. Agir positivamente acreditando que, com a união de todos, sim, podemos! Temos de fomentar a participação democrática de todos e a negociação intensa, sincera e objetiva, para mudar o necessário e aperfeiçoar mais e mais as relações de trabalho. Os desafios presentes são difíceis, mas não impossíveis de serem superados. O presidente Jair Bolsonaro foi legítima e democraticamente eleito. Terá ele a difícil missão de, daqui a menos de dois meses, dar início a, talvez, uma das mais árduas tarefas: a de recuperar a credibilidade dos entes da administração pública (indistintamente). Terá ainda que dinamizar a economia de maneira a priorizar a geração de empregos. Além disso, criar mecanismos para, com efetivo efeito, combater a corrupção endêmica. E ainda desburocratizar os processos na máquina do Estado. Particularmente, creio que a prioridade número 1 deva ser a adoção de medidas que promovam a geração de empregos. Temos de atrair e incentivar investimentos (de dentro e fora do país), estabelecer relações comerciais capazes de incrementar a exportação e outras medidas que ocupem mais de 12 milhões de desempregados. Haverá também de se estabelecerem programas que reduzam as perdas e gastos absurdos provocados pela má conservação ou inexistência de sistema viário (estradas) para escoar a produção. Aqui se deve pensar seriamente em investir na malha ferroviária e hidroviária. Isso trará menor dependência em geral. Dentre as expectativas de maior amplitude, destaca-se a Reforma da Previdência e, bem sabemos, isso exigirá muita capacidade e perseverança negocial. No início de 2018, o Governo Federal esboçou um projeto nesse sentido, porém este foi suspenso em razão da intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro, pois a Constituição não permite que quaisquer de seus artigos sejam alterados enquanto perdurar alguma intervenção federal. A Reforma da Previdência deve vir por via de alteração da Constituição. Há de se esperar que venha não só um regramento quanto ao fator idade para se aposentar, mas também um aumento das contribuições, pois, bem sabemos, a população brasileira envelheceu e há tempo já não mais contribui para o sistema, apenas recebendo o benefício, o que aumenta a conta. Ademais, a massa de trabalhadores contribuintes já não é mais a mesma, seja pela diminuição da composição familiar, seja pela atividade autônoma, ou até pela robotização, o que leva a um volume de contribuição menor aos cofres da Previdência Social.  Ainda, como desafio, o novo governo terá que encarar a Reforma Sindical. Os sindicatos estão previstos em lei (CLT) e são chamados a representar, obrigatoriamente, os trabalhadores em várias situações. Haverá de se pensar e definir as suas fontes de receita. Estamos vendo uma efetiva e positiva predisposição para encarar de frente todos esses (e outros) desafios. O novo governo está ainda formando seu ministério, e esperamos que cada escolha recaia sobre quem tenha efetivo saber e experiência nos assuntos da pasta. O tempo é de mudança, as forças opositoras, bem sabem, deverão também dar a sua parcela de contribuição, sob pena de perder o “bonde da história” e ficar, mais ainda, tidas como atravancadoras do progresso. O momento é de diálogo, união e, principalmente, firmeza de propósito. Sem agenda oculta e com muita transparência. O túnel é longo, mas dá para ver que, lá no final, há luz!

Fonte: O Estado de São Paulo, 04 de Novembro de 2018.

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