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Encurtar caminhos é bom ou ruim?

Tem sempre, pelo menos, duas maneiras de chegar aos resultados: a mais curta e a mais longa; a mais arriscada e a mais prudente; a mais explosiva e a mais duradoura. O único problema é que raramente temos a visão exata de por qual dessas combinações estamos optando, principalmente quando o momento requer grandes transformações. 

Qual o executivo que não se depara com essa questão pelo menos uma vez por semana? E a tendência que percebemos é que os velhos hábitos, em geral, se sobrepõem. Eles voltam à tona, principalmente, quando a empresa ainda não adotou uma cultura integrada com novas práticas. Ou seja, o mercado já exige mudanças e a forma de fazer e entregar continua arraigada ao passado, à chamada tradição.

Não estou só falando dos 80% de empresas familiares que encontramos no Brasil, mas de todas as que não revisaram sua história diante das transformações de cenário. Quando se fala em indústria, da produção à venda, não dá para ser vintage. Fincar pé no jeito antigo de decidir pode ser uma forma de encurtar os caminhos em um terreno que parece, por um instante, mais seguro. Mas será?  

Para quebrar essa dificuldade, muitos recorrem ao interim management, consultoria, especialista em turnaround, ou seja, a recursos externos, ditos mais “preparados” para a transformação. São eles realmente capazes de encurtar o caminho para resultados? Somente se a vontade de atualizar a cultura da empresa for verdadeira. Com esses profissionais, vem um conjunto de novos hábitos, novas práticas que, para funcionar, precisam sim se apoiar na história da empresa, mas precisam de abertura real para pegar os elementos de sucesso dessa cultura e ressignificá-los diante de necessidades presentes.

E aí vem a surpresa: o mesmo líder que o contratou pode ser a maior resistência. Então, alongando um pouco o caminho, antes de contratar a mudança, velha pergunta: você quer mesmo uma casa nova? Se você líder responder afirmativamente comece por você, não só na vontade, mas pelo seu exemplo.

Fonte: Folha de Alphaville – 19 de agosto de 2016

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