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Entrevista com Luis Felipe Barranco (Diretor de Marketing) e Adriana Zanni (Diretora de Recursos Humanos) da Aon Brasil

A Aon é uma empresa multinacional britânica que fornece gerenciamento de riscos, corretagem de seguros e resseguros, soluções de recursos humanos e terceirização de serviços. É patrocinadora de gestão da ABRH-SP desde 2016. Conversamos com Luis Felipe Barranco, Diretor de Marketing e Adriana Zanni, Diretora de Recursos Humanos da Aon Brasil, sobre a importância das ações de gestão de pessoas para o desenvolvimento dos colaboradores e retenção de talentos na companhia. Confira!  Luis Felipe Barranco, Diretor de Marketing da Aon Brasil.  1- Desde quando é patrocinador de gestão da ABRH-SP? A Aon é patrocinadora da ABRH-SP desde 2016. 2- Por que a empresa se tornou patrocinador de gestão da Associação? A Aon é uma empresa que acredita e investe nas pessoas e tem em sua missão fortalecer as possibilidades econômicas e humanas das empresas. Ao permitir que as organizações assumam riscos, a empresa cria um ambiente social positivo, que ajuda a impulsionar a inovação, a sustentabilidade e o crescimento econômico. Dessa maneira, ajudamos muitas empresas e milhões de profissionais a se recuperarem mais rápido e prosperarem diante de qualquer adversidade que possa ocorrer no percurso. Além disso, nós acreditamos que podemos e devemos humanizar o ambiente corporativo, garantindo maior qualidade de vida para todos e obtendo melhores resultados como consequência. Por isso, para nós, o apoio à ABRH foi decidido com muita naturalidade. A Associação compartilha nossos valores e trabalha incessantemente para multiplicar essa cultura junto à comunidade de RH.  3- Como tem sido a parceria desde então? Extremamente positiva. A ABRH nos oferece uma plataforma presencial e online para levar nossa cultura de valorização profissional ao mercado de RH. Com nossos estudos de engajamento, qualidade de vida, benefícios, nós podemos contribuir com um conjunto de saberes práticos que também enriquecem a Associação e apoiam dos profissionais de RH com informações úteis para o dia a dia.  Adriana Zanni, Diretora de Recursos Humanos da Aon Brasil. 4- Como você descreveria a importância da gestão de pessoas para a organização das empresas? As pessoas são o principal valor das organizações. Nós investimos em processos internos para garantir o engajamento dos nossos colaboradores e oferecemos nossas metodologias ao mercado. Estudos da Aon comprovam que o aumento de 5 pontos percentuais no engajamento está diretamente relacionado ao crescimento de 3% do faturamento do negócio no ano seguinte. Empresas que fazem a gestão adequada de seus colaboradores, com planos de carreiras e processos para preparar a liderança e capacitar os profissionais, conseguem obter melhores resultados do que concorrentes que focam apenas em processos. Nós levamos isso a sério. Para ajudar nas tomadas de decisão dentro da Aon, o RH passou a fazer parte do comitê executivo. Esse é o novo papel da área, não só como um recrutador ou como administrador de pessoal, mas como um agente de mudança dentro da companhia. Atualmente, o RH atua não apenas como facilitador na contratação de funcionários, mas como uma área que atua na melhoria do ambiente corporativo e ajuda no desenvolvimento dos colaboradores, entende mais do negócio para nesse processo poder apresentar bem os desafios, dificuldades que irá encontrar e os benefícios ao final. Com esse olhar mais estratégico dentro do RH, os profissionais passam a trabalhar usando dados e análises em prol da melhora no desempenho e satisfação dos colaboradores. Para isso, é preciso ter transparência e traçar um plano muito claro de comunicação, sempre direta, com os funcionários. Além disso, é preciso também pensar no bem-estar do funcionário. Em 2017, a Aon implementou algumas medidas que ajudassem nesse processo, uma delas é a inauguração da área de descompressão, onde os funcionários podem descansar, cuidar do seu bem-estar e sair um pouco do ambiente corporativo.  E ainda criamos salas de lactação, reservadas para as mães amamentarem seus filhos. 5- Existe algum projeto, modelo ou ferramenta de gestão que vocês utilizam e que gostaria de destacar? A Aon acredita muito em promover a qualidade de vida no trabalho, temos massagem, ginástica laboral, danças e pilates disponível para os funcionários. Além disso, cuidamos muito do desenvolvimento dos nossos executivos aplicando programas de coachingmentoring e até meditação. Fizemos uma ação de meditação coletiva com todos os CEOs da Aon pelo mundo, por exemplo. O mais importante, ao final do processo, é identificar os pontos que os executivos precisam melhorar e ajudá-los a chegar lá. É necessário também fugir desses processos massificados de treinamento e sempre implementar ações customizadas. Outro projeto elaborado pela companhia é o Projeto Cultura Aon, iniciado em 2013, que tem o objetivo de conversar com toda a liderança e  os mais de 1.200 funcionários sobre missão, visão e valores da Aon. Este movimento tem inspirado mudanças e processos no RH. E em toda organização. 6- Pensando no modelo de negócio da sua companhia, no momento, quais os temas que mais devem ser discutidos e desenvolvidos na área de RH? Por quê?  No ambiente corporativo, as palavras chaves para se utilizar no dia a dia são: resiliência, flexibilidade e atitude. Elas estão entre as qualidades mais exigidas nos executivos atualmente. Hoje, fala-se muito sobre a felicidade dentro do ambiente de trabalho. Identificamos que profissionais mais felizes produzem mais e até entregam resultados além do esperado. É preciso entender que não é possível pedir para o colaborador que se transforme em outra pessoa, nem inserir aquele colaborador em um papel dentro da empresa onde ele não consiga se visualizar trabalhando. Por isso, é preciso respeitar a visão daquele colaborador sobre suas habilidades e processos dentro da empresa, sempre alinhando as expectativas do funcionário com a companhia. Neste sentido as ferramentas e os processos de avaliação e feedback constante tem ajudado o autoconhecimento e o desenvolvimento dos profissionais. Os profissionais e os executivos precisam hoje ter habilidades que há uma década não precisavam. Além das mudanças econômicas, eles também têm que lidar com mudanças de comportamento provocadas pelo advento das redes sociais e pela quantidade de tempo que as pessoas passam conectadas. Também é preciso trabalhar a diversidade e Inclusão dentro das corporações, pois empresas que trabalham e possuem em seu escopo funcionários com diversos perfis melhoram o desempenho financeiro das organizações, possibilitando acelerar os processos de inovação por meio da variedade de pontos de vista. Fundamental para o crescimento orgânico da corporação, é preciso trabalhar a igualdade de gêneros nas empresas. A Aon tem muito dessas iniciativas em seu DNA, hoje, dos 2 mil funcionários da companhia, 65% são mulheres. A Aon implementou uma prática de Recursos Humanos para garantir a diversidade e inclusão. Dentro dos processos seletivos e nas promoções, os painéis de candidatos devem necessariamente conter mulheres indicadas aos cargos. Infelizmente, o setor de seguros e consultoria ainda temos uma presença muito forte de homens em cargos de liderança. A Aon já tem uma presença crescente de mulheres na companhia que estão há muito tempo em seus cargos, isso nos orgulha e anima muito, pois o que deve ser levado em consideração é somente a competência daquele profissional. No radar do RH também está a Gestão de Talentos (atração e retenção de pessoas), principalmente no momento em que a economia começar a dar primeiros sinais de melhora e o mercado oferecer novas oportunidades de trabalho. O desenvolvimento da Liderança também permanece nesta lista, uma vez que são os principais influenciadores do engajamento e também porta-vozes na disseminação da visão e valores da empresa.  7- Qual a relevância das iniciativas da ABRH-SP para o incentivo ao desenvolvimento do profissional e da área de recursos humanos?   É essencial para o desenvolvimento das empresas que elas sejam capazes de formar e capacitar melhor os profissionais de Recursos Humanos para o ambiente corporativo do futuro. As novas gerações não querem apenas crescimento profissional, querem também saber que fazem parte de um propósito maior. Um dos principais fatores de engajamento é o reconhecimento, tanto financeiro quanto de carreira. Para jovens, que ainda não sustentam as famílias, a questão financeira não é determinante. Por isso, para esse público, a liderança precisa ser capaz de dar feedbacks construtivos, para que o colaborador se sinta reconhecido e ao mesmo tempo desafiado. Na década passada, os jovens da época se interessavam pelo desempenho financeiro da Aon. Hoje, os jovens perguntam sobre responsabilidade social e ambiental e sobre os propósitos da companhia. Todos esses processos precisam ser implementados de forma muito assertiva e conceitual, com uma comunicação interna transparente que venha da liderança até a base da pirâmide. Hoje, nós sabemos o quão importante é ter processos organizacionais e culturais bem definidos dentro de uma empresa, pois os profissionais buscam entender se os valores, missão e visão da companhia se aliam com os seus. 8- A empresa se identifica com o investimento no desenvolvimento de pessoas e organizações da forma como a ABRH-SP propõe (por meio de cursos, palestras, workshops, entre outros)? Sim, nós utilizamos várias ferramentas dentro da Aon que promovem o desenvolvimento dos profissionais.  Além da nossa avaliação semestral, utilizamos como mencionado os programas de coaching e mentoring e uma grande de treinamentos tanto técnicos como comportamentais e de lideranças tanto locais como internacionais. 10- Por favor, fique à vontade para acrescentar qualquer ponto relacionado a recursos humanos ou gestão de pessoas que tenha ficado fora das questões anteriores e que julgue relevante para o momento. Para o melhor desenvolvimento das empresas, é preciso que elas compreendam a importância de ter o RH mais estratégico e ciente das decisões da diretoria em uma atuação próxima às decisões estratégicas de negócio, pensando no desenvolvimento dos profissionais e retenção de talentos que são processos fundamentais para crescimento constante na entrega dos resultados mais consistentes. Para isso, os profissionais da área de RH precisam se aprimorar também em todas as áreas que a empresa atua, para que eles consigam entender os desafios e barreiras que aquele gestor, colaborador e diretor estão inseridos. Uma boa estratégia para desenvolver essa característica, é buscar um mentor dentro da companhia, um executivo experiente onde seja possível extrair a história, principais informações, missão, valores, visão e processos da empresa.  

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