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Entrevista: Liderança Feminina

Sandra Barquilha,

Diretora de RH da Merial

 

1 – Em algum momento de sua carreira o fato de ser mulher atrapalhou sua trajetória profissional?

Na verdade não me atrapalhou, mas já enfrentei situações difíceis por estarmos inseridos em uma sociedade mais masculina. Já vivi situações nas quais tive que me posicionar de forma mais assertiva por ser mulher ou por ser mais nova para conquistar espaço em um ambiente industrial. Muitas vezes o preconceito é velado e mais discreto, mas é possível percebê-lo. De qualquer maneira, acredito que, durante toda a minha carreira, consegui encontrar formas de me manter firme, sem perder minha feminilidade, e lidar com os obstáculos que foram aparecendo.

 

2 – Quando você percebeu que não era preciso se igualar aos homens para ter sucesso em sua carreira?

No começo de minha carreira, até por imaturidade, sentia a necessidade de manter uma postura mais firme e distante com receio de não conquistar espaço/autonomia em um ambiente mais masculino. Com o tempo fui percebendo que, com respeito, assertividade e profissionalismo, é possível se fazer ouvida. Pude perceber que a serenidade, o equilíbrio e a praticidade da mulher podem ser elementos chave para influenciar positivamente qualquer ambiente. Sucesso não tem a relação com sexo, mas, sim, com determinação, disciplina e muito foco.

 

3 – Qual foi o maior dilema na sua vida profissional?

Posso dizer que hoje vivo o clássico dilema da mulher moderna, carreira x maternidade. Atualmente não tenho filhos, mas desejo tê-los e é natural pensar em como equilibrar tudo diante da rotina exigente da vida corporativa. Entendo que a maternidade me trará novas prioridades, mas que é possível conciliar, já que a carreira é motivo de grande satisfação, mas a família faz parte da felicidade completa.

 

4 – Como equilibrar a vida profissional com a pessoal?

Não é fácil equilibrar e não acredito ter fórmula mágica. Existem ciclos em nossas vidas em que a dedicação e as prioridades se modificam, ora a carreira, ora família/vida pessoal exigirá mais. Acredito que o poder de equilibrar é nosso, o que depende essencialmente de como encaramos o trabalho e a satisfação de nossas necessidades. A carreira é algo importante na minha vida, sinto-me ativa e realizada, e preenche parte de minha missão. A outra parte, que é maior, está em minha família que completa minha existência.

 

Fonte: Correio Popular de 26 de outubro de 2014
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