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QUAL A PERSPECTIVA PARA A ECONOMIA BRASILEIRA?

A economista Priscila Trigo, do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, fez uma análise detalhada para os participantes do primeiro +Café&+Gestão do ano.

Sabe aquele monte de índices e informações que são divulgados semanalmente, que afetam diretamente a vida dos brasileiros, mas que nem sempre fazemos a ligação entre um e outro? Pois é. Foi esse exercício que todos fizeram juntos durante o encontro.

Priscila passeou pelos dados mundiais para mostrar como a desaceleração da economia na China afeta diretamente o Brasil. “Isso implica: menor compra de insumos, produtos e commodities. Como é o caso do minério de ferro, petróleo, cobre, alumínio tudo o que a China precisava para crescer a ritmo elevado, dois dígitos”, resume Priscila.

Com a falta de apoio político da presidência brasileira para a aprovação dos ajustes fiscais no Congresso, os empresários têm feito os ajustes para a sobrevivência. Os cortes de emprego na indústria, primeiro setor historicamente afetado em todas as crises, segundo ela, “já tiveram seus maiores números até agora. Devem cortar ainda, mas 2016 é o ano de cortes no setor de serviços. Isso acontece porque é sempre mais fácil para o consumidor cortar, por exemplo, a compra de um bem do que a escola dos filhos. O tempo de resposta entre indústria e serviços é diferente. E a queda vai ficar em cerca de 10% até o fim do ano”.

Se você trabalha nesses dois setores, principalmente, é hora de conter os gastos pessoais. “O problema de segurar demais é que em algum momento o consumidor se abre e a necessidade (ou o impulso) vence. Foi o que aconteceu no Black Friday passado. A diferença de preços não era tão interessante, mas o consumidor aproveitou para comprar, principalmente, geladeira, fogão…”

E o que podemos esperar para os próximos anos? “Devemos ter quatro anos de déficit nas contas de governo. Estamos falando de R$ 4 trilhões de dívida bruta no ano passado. Tivemos uma rápida ascensão da dívida bruta, assim como países da zona do Euro, como a Grécia, mas eles têm uns aos outros, nós não temos ajuda”, alerta Priscila. “Isso quer dizer que o governo não tem margem de manobra para distribuir isenções de impostos, levar os juros para baixo, criar facilidades, como fez no passado. E, com a inflação, outro sintoma da recessão atual, a perda na renda real do trabalhador é uma certeza.” Nas projeções do banco, o cenário só começa a melhor em 2018.

Ao encerrar o encontro, o diretor da Regional Metropolitana Oeste, Mário Faccioni Jr., destacou: “O RH tem que participar muito da decisão econômica. Precisamos entender o que está acontecendo detalhadamente,  no cenário total. Isso é muito importante para as tomadas de decisões e a área de RH precisa estar cada vez mais presente em todas elas”.

Fonte: Folha de Alphaville. 04 de março de 2016

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