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SUCESSO NA 4ª REVOLUÇÃO

  Atuante na área de RH há 30 anos, o italiano Paolo Gallo (foto) já trabalhou em mais de 70 países ao longo de sua carreira, inclusive no Brasil. Hoje, ocupa o cargo de chefe de Pessoas e Cultura do Fórum Econômico Mundial e mora na Suíça. Em agosto, ele voltará ao Brasil para participar do CONARH 2017 – 43º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas.   No dia 15 de agosto, às 15 horas, ele estará no palco do São Paulo Expo, na capital paulista, com a conferência magna A 4ª Revolução Industrial e a Nova Bússola do Sucesso, na qual ajudará as pessoas a refletirem sobre o papel de cada um e como redefinir a bússola do sucesso em um mundo altamente tecnológico e de constantes transformações.   Na entrevista a seguir, é possível conhecer um pouco mais sobre seus conceitos, ideias e propósito no CONARH.   PESSOAS DE VALORH – Qual é a sua relação com o Brasil? PAOLO GALLO – Já estive no país nove vezes, então, a vinda ao CONARH será minha décima visita. Tenho uma conexão forte com o Brasil. Minha família viveu em São Paulo por muitos anos, pois meu pai foi responsável pela Olivetti na década de 1960. Eu cresci ouvindo música brasileira, provando comida brasileira e assistindo futebol. Dessa forma, considero o Brasil como uma segunda casa. Inclusive, quando trabalhei no Banco Mundial, tive o prazer de colaborar em diversos projetos no país. Minha lembrança mais especial é de um projeto desenvolvido com uma empresa brasileira chamada Puras. Ainda acredito que seu CEO, Hermes Gazzola, é um dos líderes mais talentosos e visionários que já conheci na vida e espero poder encontrá-lo novamente quando for a São Paulo.   PV – A 4ª Revolução Industrial será seu tema no CONARH. Quais são os impactos já observados no mundo do trabalho em função da revolução tecnológica atual? PG – A nova Revolução Industrial não está limitada a velocidade e custos. É uma revolução disruptiva que não se pode parar e que vai mudar não somente produtos, serviços e modelos de negócio, mas também a nós: a maneira como nos relacionamos uns com os outros, a forma como pensamos e como somos. Estamos prontos para isso?   PV – Na sua visão, até que ponto a convergência de tecnologias afeta o emprego? PG – Desnecessário dizer que o mercado de trabalho já está altamente impactado pelas mudanças tecnológicas. Vejamos o exemplo dos diversos aplicativos e serviços que combinam candidatos e vagas, que usam algoritmos sofisticados. Ou use como exemplo a forma como o aprendizado digital tem sido transformador. O aprendizado digital não significa aprender usando o telefone, mas, sim, levando o aprendizado até onde o funcionário está. Então, é, de fato, uma nova forma de aprender e não um tipo de aprendizado.   PV – Como os profissionais de RH precisam se preparar e o que muda para gestores de equipes e líderes em um mundo altamente tecnológico? PG – Vejamos o todo, não somente os temas do dia a dia, mas programas cíclicos, como gestão de desempenho e revisões salariais. Deixe-me dar um exemplo: quais são as mudanças demográficas que estão diante de nós, o que significa uma expectativa de vida de 100 anos? Qual é o significado de se tornar digital? Ainda faz sentido considerar a semana de trabalho tradicional, de segunda a sexta? O que motiva as novas gerações? Como podemos fazer escolhas éticas com a chegada da inteligência artificial?   PV – No CONARH, qual será o fio condutor de sua palestra e quais os principais temas que abordará? PG – Não apresentarei fórmulas mágicas ou soluções fáceis, mas, sim, perguntas poderosas, que nos ajudarão a refletir não somente como profissionais de RH, mas também como homens e mulheres. Como exemplo, pergunto: o que significa liderança responsiva?   PV – Quais são suas expectativas em relação ao Brasil? . PG – Aprender, estabelecer conexões poderosas e, espero, contribuir, por meio da minha sessão, para a reflexão de todos, trazendo as perguntas certas.   PV – E quanto ao seu livro que será lançado no CONARH (saiba mais no quadro ao lado)? PG – Meu livro nasceu de duas perguntas. A primeira: por que tantas pessoas falham nas organizações e tão poucas são bem-sucedidas? A segunda: o que significa de verdade ter uma carreira bem-sucedida? Como meu livro já está chegando à quinta edição na Itália, acredito que essas perguntas ressoam em muitos corações e almas. Eu defino esse sucesso não pelo número de exemplares vendidos, mas por conexões feitas: mais de 200 pessoas me contataram depois de lê-lo. O que busquei com meu livro foi me conectar com o ser humano e é por isso que vou ao Brasil.       Fonte: O Estado de São Paulo, 27 de Julho de 2017

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