CHRO Fórum traz insights que agregam IA e desenvolvimento humano

O CHRO Fórum, promovido pela ABRH-SP, consolidou-se em sua 5ª edição como a melhor iniciativa de qualificação de CHROs top management do mercado. Realizado na última terça-feira (11/11), em São Paulo, o fórum trouxe insights inspiradores a partir do tema central “Batidas humanas na era da IA”. Além de palestras magnas, sessões simultâneas e ativações de patrocinadores no plenário principal, o evento apresentou duas inovações: o Case Room e o CHRO Lab.

Na palestra magna de abertura, “Da cultura à inovação: RH na coreografia de transformações sustentáveis”, Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company e professor extraordinário da CESAR School, contribuiu com uma reflexão relevante ao afirmar que “a inteligência artificial está transformando algoritmos em pessoas para que as pessoas voltem a ser pessoas.” E completou: “O que importa? Orquestrar IA, instituições, organizações e pessoas para um futuro mais produtivo, inovador, resiliente, sustentável e humano.”

Na Simultânea 1, “Improvisando e adaptando: O CHRO no centro do ritmo da cultura ‘change ready’”, Rui Brandão, cofundador do Zenklub e VP de Saúde Mental da Conexa, destacou que “a segurança psicológica nas empresas acontece quando há clareza sobre onde se quer chegar e quais recursos estão disponíveis para alcançar esse objetivo”. E foi além: “Ela se manifesta quando as pessoas têm conforto para falar sobre seus desconfortos.” Também participante do debate, Rodrigo Dib, superintendente Institucional e de Inovação do CIEE, complementou: “A comunicação é primordial e precisa ser sistemática para gerar segurança. A fala não precisa ser bonita, precisa ser honesta.” Como moderadora, Amanda Buainain, sócia da Gupy e head de People Experience e Performance, ressaltou que “uma das principais bases para impulsionar o RH é a segurança psicológica, aspecto essencial para gerar resultados, performance e engajamento.”

Sob o tema “Beat das novas formas de trabalho: O CHRO à frente do movimento que transforma organizações”, a Simultânea 2 reuniu Gustavo Sèngès, country manager na Hireright e mentor de carreiras globais, e Sergio Farjeman, sócio e membro do Comitê Executivo do Itaú Unibanco. Para Sèngès, “as empresas buscam profissionais com habilidades humanas, mentalidade global e comunicação empática capazes de atuar com escuta ativa em times multiculturais e intergeracionais, porque é o fator humano que faz a diferença”. Farjeman acrescentou que “uma concorrência saudável faz bem para toda sociedade”. Em sua moderação ativa, Lia Aere, presidente da ABRH-SP, trouxe a seguinte contribuição: “O CHRO de hoje atua como um maestro da organização: harmoniza pessoas, estratégias e cultura, traduzindo flexibilidade e engajamento em cada movimento.”

No período da tarde, a Simultânea 1 marcou o encontro de Hélio da Silva, reflorestador comunitário, e César Bresciani, diretor de Conhecimento e Governança na ABRH-SP e diretor de RH da BP Bioenergy, para debater o tema “Governança com ritmo: Como o CHRO afina talentos para a alta performance”. Nas palavras de Silva, “na vida, precisamos deixar um legado no mundo. Legado é algo transversal. É impactar pessoas de todas as idades e gêneros, gerando transformações que se espalham com amor”. Em sua participação, Bresciani destacou: “Os verdadeiros líderes não falam do impacto que causam. São as pessoas ao redor que fazem isso por eles”. Em sua moderação, Lucrécia Oliveira, vice-presidente de Operações e conselheira do Grupo Benner, agregou a seguinte reflexão: “Não terceirizem o ritmo nem o tom da cultura. Porque são vocês (RH) que elevam as empresas.”

Na Simultânea 2, “No Groove da cultura: Orquestrando talentos para a próxima batida”, Natália Pamplona, talent management da Globo, compartilhou uma percepção oportuna. “Um dos grandes aprendizados que tivemos foi o de criar significado juntos. Porque é isso que realmente faz história. Criar significado é reconhecer quais são as redes que nos conectam, entender que cultura é o jeito como fazemos as coisas, expressas em nossos símbolos, rituais e jornadas. Afinal, a cultura não é uma foto, é um filme que está sempre em movimento”, afirmou. Também participante do debate, Patrick Tuchsznajder, diretor de Recursos Humanos da Globo, destacou a importância do uso ético e colaborativo da inteligência artificial. “Que ela seja o nosso copiloto, e não o nosso substituto”, reforçou. Como mediador, Jaime Almeida, diretor de DEI da ABRH-SP e vice-presidente e partner da FESA Group, ressaltou que “a cultura é o código e a fonte das organizações. Inovar não é romper com o passado, mas atualizar o que é de mais essencial nele”.

Na palestra magna de encerramento, “No ritmo da humanidade: Batidas humanas que engajam e transformam na era da IA”, o velejador, palestrante e escritor Beto Pandiani compartilhou que “sucesso é uma experiência coletiva, mas o fracasso é uma escolha individual.” E deixou uma reflexão bastante pertinente à jornada dos CHRO top management: “O planejamento é o incansável movimento de questionar tudo, o tempo todo. A fórmula nunca se repete. O que se mantém é a busca constante pelo aprendizado.”

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP (17, novembro de 2025)