O desenvolvimento de competências é uma necessidade constante nas empresas. O objetivo desse artigo é apresentar as Estruturas Libertadoras como uma das metodologias ativas possíveis para o desenvolvimento organizacional.
Os criadores dessa metodologia, Henri Lipmanowicz e Keith McCandless colocam que “novos hábitos bem-sucedidos influenciarão crenças sobre o que funciona e é possível, pautado numa concreta experiência pessoal e coletiva”.
As estruturas libertadoras são 33 alternativas para facilitar reuniões, treinamentos e conversas. Elas ajudam a resolver as limitações dos treinamentos convencionais, pois incentivam a construção coletiva do conhecimento e envolvem as pessoas na elaboração dos próximos passos.
Elas podem ser utilizadas em diversos contextos e cada uma tem um propósito específico, que pode ser: engajar cada indivíduo na busca por respostas; criar espaços seguros para se expressar; atrair envolvimento profundo em torno dos desafios; estabelecer bases para avaliações progressivas; promover mais liberdade e responsabilidade; capturar e disseminar conhecimento tácito sobre experiências reais bem-sucedidas; falar o indescritível e tirar esqueletos do armário; construir confiança; desenvolver a habilidade de trabalhar transdisciplinarmente e entre ‘silos funcionais’; criar uma oportunidade para pessoas de vários níveis diferentes trabalharem juntas, criar conexões verdadeiras entre as pessoas, permitir o olhar sobre as histórias e a vulnerabilidade das pessoas e ao mesmo tempo sobre o que é positivo para solucionar problemas. Tudo dependerá da competência a ser desenvolvida.
Para que o processo tenha sucesso, é preciso que estejam claros: o convite estruturante, ou seja, que pergunta será feita ao grupo, o tempo de duração, os materiais necessários, ambientação e as especificações mínimas, qual é o mínimo de estrutura ou strings que permite o máximo de participação.
O papel do facilitador para aplicação das estruturas libertadoras é levar o aprendizado da formato convencional para uma estrutura inovadora e humanizada, e é fundamental quando ele(a) se prepara para fazer um enunciado claro, estar aberto e confiar no grupo, adaptar a linguagem ao público, esclarecer as dúvidas, estimular a escuta, promover o aprendizado por meio do erro, considerar o conhecimento e incômodos do grupo e motivar os participantes a serem criativas e confiantes.
Artigo escrito por Giovane Prestes, Maria Amélia de Bastiani e Maria Edna S. Lima, participantes do Grupo de Estudos “Grupo de Estudos Metodologias Ativas” da ABRH-SP.
(São Paulo, 22 de maio de 2023)