O mercado de gamificação vem ganhando força exponencial nos últimos anos. Se em 2019, de acordo com a Fortune Business Insights*, a gamificação contribuía com R$ 30 bilhões para a economia mundial, em 2027 essa cifra estará na casa dos R$ 180 bilhões. E o mercado brasileiro também segue no mesmo ritmo com toda a força para um crescimento simplesmente fantástico.
Mas, se por um lado, o mercado está se expandindo e cada vez mais profissionais estão se utilizando das maravilhas que a gamificação proporciona, por outro lado, é preciso que cada vez mais os profissionais estejam capacitados a proporcionar uma vivência real e imersiva aos participantes. E esse é o papel do facilitador. Mas… o que é o facilitador? E qual o seu papel?
Em primeiro lugar, é sempre importante lembrar que brincadeira, nesse contexto, é coisa bem séria. Entra em jogo a alquimia do facilitador, numa mistura lúdica de temperos, com o cuidado atento pra não deixar o caldo entornar. Ele precisa motivar os participantes a se engajarem na dinâmica e, ao mesmo tempo, manter o clima amistoso para evitar competitividade tóxica. O facilitador também precisa tornar a experiência mais divertida e prazerosa possível, sem deixar de pontuar a seriedade quanto ao alcance do objetivo principal.
Na gamificação corporativa, por exemplo, a descontração não é mais importante que a assimilação de conteúdo dos colaboradores. Numa simulação de vida real, onde o erro está em jogo, é possível aprender de forma divertida e seguir preparado ao mercado de trabalho com uma memória positiva. O facilitador precisa saber se comunicar clara e objetivamente, com confiança, criatividade e empatia pra resolver conflitos e manter o animo elevado e engajar os participantes, proporcionando a melhor experiência lúdica possível.
E tudo isso sem perder de vista a aprendizagem. Gerenciando o tempo e cuidando para que todo o conteúdo seja comunicado de maneira eficaz, eficiente e divertida.
Quando me questionam se a função do facilitador é extremamente necessária à experiência da gamificação, lembro do depoimento de uma cliente que, após sentir-se insegura, optou por contratar o facilitador, que recebeu muitos elogios no feedback, ‘excelente apoio e condução do treinamento’… ‘discussões foram riquíssimas e o time entrou na brincadeira de forma leve e descontraída’.
Artigo escrito por Daniel Kronenberg Glezer, participante do Grupo de Estudos de “Gamificação e Games” da ABRH-SP.
(São Paulo, 17 de abril de 2023).