Já pensou alguma vez sobre como funciona o seu processo de aprendizagem? Então pense aí? Quando foi a última vez que você aprendeu algo que mudou seu ponto de vista ou mudou a maneira de conduzir um relacionamento ou uma atividade? Lembre-se como foi esse processo: Você buscou pelo aprendizado porque precisava resolver algo? Houve algum tipo de emoção durante seu aprendizado? Negativa ou positiva? Como você acredita que aprendeu e quando você percebeu seu aprendizado?
Primeiramente vamos refletir sobre alguns estudos. De acordo com Willian Glasser a aprendizagem não deve se limitar a simples memorização ou repetição. De acordo com ele, quanto mais canais sensoriais ou experiências forem associadas, mais significativa e efetiva a aprendizagem tornar-se-á. Glasser afirma que retemos 10% daquilo que lemos, 20% daquilo que ouvimos, 30% do que vemos. Aumentamos para 70% ao interagirmos e discutirmos; escrevendo e praticando ampliamos para 80% a assimilação e ensinando outras pessoas aumentamos para 95% o domínio sobre determinado assunto.
Para que a aprendizagem seja efetiva, é necessário que o processo seja estruturante (começo, meio e fim ou ordenada partindo do simples para o complexo) e precisa ter significado. Jerôme Bruner afirma que é importante estruturar um método de ensino que consiste na apresentação de conceitos básicos e aprofundados ao longo do tempo. Já Ausubel defende o conceito de aprendizagem significativa: um determinado conhecimento específico precisa considerar a estrutura de um conhecimento já existente do aprendiz, que permita a ele dar significado a um novo conhecimento adquirido.
É possível trabalhar com diferentes tipos de metodologias ativas, explorando sua potencialidade e objetivo principal de uso: Inovação, Relacionamento, Experiência, Estímulo a Curiosidade, Protagonismo, Reflexão, Imaginação, Reflexão e Resolução de Problemas.
As metodologias podem ser combinadas e estruturadas dentro de qualquer processo de aprendizagem. No entanto, antes de defini-las é importante ter bem claro o objetivo de aprendizado que se quer alcançar e, a partir dele, escolher qual é a melhor estratégia. O maior benefício para uso das metodologias ativas é colocar a pessoa que aprende no centro, fazendo-a ser agente principal do seu próprio processo, utilizando de seus conhecimentos, prontidão e necessidades para aprender de modo significativo, durante todo o caminho, e não somente no fim.
Artigo escrito por Carolina Verônica dos Santos Silveira, participante do grupo de estudos “Metodologias Ativas” da ABRH-SP
São Paulo, 23 de Janeiro de 2023.