Nesta edição, o jornal Gestão de Pessoas publica dois artigos produzidos pelos Grupos de Estudos da ABRH-SP, organizados no ano passado em São Paulo, sobre o tema Inteligência Artificial. Confira:
Jack Ma, presidente da Ali Baba (“Amazon” chinesa), disse, em entrevista recente, entender como grande contribuição da Inteligência Artificial (IA) tudo aquilo que possa ajudar a conhecer e desenvolver o ser humano. Nisso ele não incluía, necessariamente, grandes empreendimentos da hard science ou de projetos que se antecipem na satisfação de necessidades não sentidas. O que ele enfatizava eram as contribuições da IA para estudos na biotecnologia e, principalmente, na neurociência, que, segundo ele, trarão muito mais benefícios para a humanidade do que quaisquer outras iniciativas.
Ma faz coro com uma corrente de pensadores atuais que privilegia o uso dos desenvolvimentos tecnológicos para conhecimento e compreensão dos segredos da mente humana, em cujo inconsciente repousa grande potencial de respostas para um sem número de questionamentos:
Como realmente funciona o cérebro humano? Como utilizar o imenso arsenal do inconsciente coletivo e individual?
Como se poderá incrementar a realização de ações conjuntas de pessoas hoje separadas por discriminação e intolerâncias? Como vencer essas características que afastam os seres humanos em vez de uni-los para o bem comum?
Como ampliar o uso do cérebro, possibilitando que bilhões de neurônios, nele existentes, se ponham em funcionamento para ampliar a compreensão do fenômeno humano? Como a IA poderá influenciar no direcionamento deste fenômeno?
Como a neurociência pode contribuir para o ensino e aprendizagem? Poderá melhorar a compreensão e estudos das matemáticas, sempre problemáticas para muitos e cada vez mais necessárias no mundo digital.
Vai ampliar a autoconfiança das pessoas, a comunicação e colaboração entre elas? Aumentará competências humanas como resiliência, compaixão e solidariedade?
Ajudará na compreensão dos ecossistemas e na forma de melhorá-los?
Definitivamente, não há como não se identificar com Ma, na esperança da melhor contribuição da IA para o aperfeiçoamento do ser humano.
Fonte: O Estado de São Paulo, 29 de Dezembro de 2019.
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