O burnout é um esgotamento físico e emocional, resposta ao estresse relacionado ao trabalho, gerando vários sintomas, inclusive sensações de incompetência profissional. Já atinge mais de 32% dos trabalhadores e em 2020 será a doença mais incapacitante. Por isso é urgente implantarmos ambientes mais saudáveis, para que o trabalho não se torne um pesar em nossas vidas, mas seja fonte de prazer e realização.
Esse estresse, porém, não acontece apenas pela pressão pelo resultado ou pelo acúmulo de tarefas. Também está presente em ambientes de pouca conexão humana, em que predominam a ausência de abertura para dizer o que pensamos e a falta de escuta para o que precisamos. Relações de trabalho saudáveis e de futuro próspero são aquelas baseadas na necessidade da empresa calibrada e alinhada com as necessidades dos colaboradores, sem unilateralidade de interesses. Portanto, há de se considerar para essa relação ganha-ganha a implantação de espaços em que os colaboradores manifestem o que precisam para estarem satisfeitos na organização.
Essa abertura não se restringe às de ordem prática (recursos tecnológicos, estrutura de ambiente, etc.). Se entre colegas e com lideranças não se pode falar sobre as necessidades de ordem humana, se falar sobre seus sentimentos é visto como piegas, se não há espaço para manifestar incômodos ou pedir algo que deixaria o colaborador mais feliz em sua função, isso também adoece.
O caminho está em disseminar uma Comunicação Não Violenta e Empática, no sentido pleno dessa filosofia de conexão humana, levando para as organizações rodas de conversa, workshops sobre o tema, treinamentos e mentorias, coachings de comunicação, com o objetivo de desenvolver:
Estratégias para conhecer quais necessidades cada colaborador quer atender com o seu trabalho (seu propósito de estar naquela empresa);
Lideranças com a habilidade de escutar plenamente e de falar assertivamente para deixar claro o que é ou não possível ser feito para atender às necessidades de ambos; e
Ambientes abertos para conversas verdadeiras.
A psiquiatra Gabriela Lyra ressalta que para evitar a tríade do burnout (exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional) vários domínios, entre eles os valores individuais, precisam estar em conexão com os organizacionais. Essa conexão somente será possível em ambientes que incentivem e valorizem diálogos verdadeiros e profundos. A cultura da empresa deve ampliar seus horizontes e estar preparada para essa escuta.
Fonte: O Estado de São Paulo, 19 de Janeiro de 2020.
Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Você pode optar por não participar, se desejar. ConfiguraçõesACEITO
Política de Privacidade e Cookies
Visão Geral de nossa politica de Privacidade
Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega por aqui. Os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para as funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. A desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.
Quaisquer cookies que possam não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e sejam usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário por meio de análises, anúncios e outros conteúdos incorporados são denominados cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes da execução desses cookies no seu site.