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Diversidade e empoderamento

O Brasil vive um momento marcante na luta por igualdade de gêneros. Apesar de a participação feminina na sociedade ser cada vez mais representativa, ainda há uma grande barreira no mercado de trabalho que deve ser superada.

Em 2015, o Fórum Econômico Mundial divulgou o Índice Global de Desigualdade de Gênero, que analisou 145 países e constatou que a equiparação dos sexos só deve ocorrer em 2133. O Brasil ocupa a 85ª posição no ranking de desigualdade, o que demonstra que, guardadas as particularidades, ainda há muito trabalho a ser feito pelo poder público, pela iniciativa privada e pela sociedade civil para garantir a presença efetiva e a representação igualitária da mulher em todos os âmbitos. Nesse sentido, torna-se importante debater o papel das empresas para contribuir com o processo de inclusão, por meio de avanços firmes, tangíveis e efetivos.

Um dos principais argumentos para justificar a distinção entre homens e mulheres no ambiente de trabalho era a lacuna na preparação e na escolaridade dos dois grupos. Hoje, entre as pessoas com formação superior no Brasil, 61% são mulheres. Entretanto, o Índice também registrou que a cada cinco funcionários públicos de alto escalão, diretores ou legisladores, apenas duas são mulheres, o que revela que a disparidade ainda permanece.

Não se tratam somente de números, mas também do quanto as mulheres querem ocupar cargos que tragam maiores desafios. Um estudo sobre a ambição feminina no ambiente de trabalho, organizado pela Hays, aponta que 89% das mulheres brasileiras desejam cargos de liderança. Além disso, as brasileiras aparecem no ranking como as profissionais mais confiantes em suas carreiras, somando 68% dentre todos os países pesquisados. E o que é melhor: o estudo também mostra que empresas que investem na equiparação de cargos ultrapassam a esfera do avanço social e político e atingem, inclusive, a autoestima das mulheres, que se tornaram fundamentais no núcleo decisório das organizações.

Aqui na Ticket, empresa que faz parte do grupo francês Edenred, por exemplo, não há distinção de gêneros em processos de contratação e de promoção. Os critérios adotados pela empresa levam em conta mérito e competência. Por esse motivo, existe um equilíbrio entre os colaboradores da empresa, com equipes mistas ocupando todos os tipos de cargo, inclusive no conselho internacional da companhia. Os times se fortalecem por meio da diversidade, o que resulta num amplo banco de talentos, sustentado por comprometimento e produtividade.

A nova etapa da luta pela igualdade de gêneros necessita do apoio das organizações para reforçar e ampliar a participação que as mulheres têm conquistado na sociedade. Por meio de políticas de diversidade, que encorajem autonomia, priorizem talentos e favoreçam o intercâmbio de ideias, é possível garantir que as conquistas se solidifiquem. É responsabilidade de todos batalhar para que, em alguns anos, as diferenças não sejam enxergadas como parâmetros para discriminações, mas sim como condições para comunidades mais coesas, fortes e solidárias.

Denise Coelho é diretora adjunta de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Edenred no Brasil

Fonte: O Estado de São Paulo – 10 de julho de 2016

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