GRUPOS DE ESTUDOS – Comunicação das decisões estratégias. Caminhamos por uma gestão mais humana?
A resposta para a indagação é simples: conscientizemo-nos do papel da comunicação ao disseminar determinadas decisões estratégicas integrando o bem mais precioso, as relações humanas.
Ilustremos o tema com dois exemplos hipotéticos de decisões estratégicas: a fusão e a mudança local de planta industrial. Inúmeras são as variáveis, finanças, processos, clientes, mercado, legislação, cultura, etc. Consideremos as decisões tomadas e previamente comunicadas entre as partes interessadas, empregados, clientes, parceiros, fornecedores, investidores, governo, sindicato, entre outros.
Na hipótese correspondente à fusão, não foram ressaltadas as regras contratuais de uso dos serviços. Resultado: um aumento do número de reclamações de consumidores. Posterior à mudança de local de planta industrial, ocorreu um grande número de contratações, entretanto, não houve a preocupação em divulgar a cultura organizacional para os novos empregados. Resultado: instalaram-se conflitos entre equipes.
As hipóteses apresentadas apontam a importância de reavaliarmos o papel da comunicação diante de decisões estratégicas, integrando relações humanas, independentemente das partes interessadas. Ao avaliarmos decisões isentas da responsabilidade e impactos sobre as pessoas, centralizando apenas no entorno da estratégia, somos conduzidos a equívocos irreparáveis.
Como nos assevera Stephen Robbins, a comunicação possui quatro funções básicas dentro de um grupo ou organização: controle, motivação, expressão emocional e informação. Decisões estratégicas requisitam amplitude nos processos de comunicação incluindo uma gestão mais humana. Por quê?
A visão limitada em decisões estratégicas impactou na falta de comunicação sistêmica dos exemplos ora interpretados com efeitos aparentemente sutis perante a gestão de pessoas. Entretanto, observe-se. Muito provavelmente você tenha vivenciado uma experiência semelhante em sua vida, cujo cuidado nas relações humanas não foi observado. Portanto, conscientizemo-nos.
Por Cristina Stevanin, integrante do Grupo de Gestão de Cultura e Comunicação Empresarial da ABRH-SP
Página Semanal ABRH-SP – 12 de janeiro
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