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GRUPOS DE ESTUDOS – Planejamento de Carreira

O jornal Gestão de Pessoas destina algumas edições do ano para a publicação de artigos de integrantes dos Grupos de Estudos da ABRH-SP. Carreira, resiliência e Treinamento e Desenvolvimento são os temas escolhidos desta edição (as ideias contidas nos artigos não refletem necessariamente a opinião da ABRH-SP).

 

Carreira acelerada: Qual o próximo passo?

Na condução de processos seletivos, é comum o selecionador ser questionado por jovens candidatos: “Qual é o plano de carreira que a empresa oferece?” Esse questionamento normalmente vem em tom de responsabilização exclusiva da empresa. A impressão é de que eles esperam que a resposta contemple regras claras sobre todos os passos que devem ser dados para alcançarem o próximo degrau até chegarem ao topo, como se fosse um caminho fácil de ser percorrido e que dependesse apenas da organização.

A geração Y e agora a geração Z, novos profissionais que atuam no mercado de trabalho, têm características peculiaridades. Todas as gerações possuem aspectos positivos e negativos, no entanto, estas apresentam o imediatismo como a principal característica que impacta na gestão de suas carreiras. Na era da informação em que o conhecimento é o maior valor de uma empresa, jovens, na sua maioria, acreditam que uma boa formação, fluência em línguas estrangeiras, especializações diversas, como pós-graduação, MBA e mestrado, garantem uma carreira de sucesso.

Segundo pesquisa da Robert Half realizada no final de 2013, o Brasil é campeão mundial em rotatividade de funcionários. Atuando na área de gestão de pessoas, conseguimos comprovar que esse cenário desfavorável é real, especialmente entre os jovens. O tempo de permanência desse grupo nas empresas é cada vez menor, o que impossibilita a criação de raízes e a construção de uma história. É uma busca incessante pelo próximo degrau, pelo reconhecimento imediato.

Dessa forma, o que temos visto são jovens com intelecto avançado, mas carentes de vivência profissional, jovens que, ao se depararem com um conflito ou alguma situação mais crítica (especialmente interpessoal), não sabem como agir e muitas vezes desistem.

Nesse contexto, as empresas têm um papel fundamental. Os gestores, com apoio dos profissionais de RH, precisam atuar como coaches e também como verdadeiros mentores para utilizar as características positivas das gerações Y e Z, como foco no resultado, capacidade de trabalhar em grupo, familiaridade com a tecnologia, ideias inovadoras, entre outras, e principalmente demonstrar que há algo que nenhuma formação pode propiciar: a experiência e o tempo de amadurecimento.

É necessário que as novas gerações entendam que uma carreira é como uma estrada, com inúmeras possibilidades e, às vezes, uma escolha determinará o destino final. Em toda estrada há percalços, como desníveis, neblinas, fortes chuvas, entre outros, mas é necessário passar por eles, os atalhos os evitam apenas no curto prazo e trazem consequências negativas.

Nem sempre o sucesso está na chegada, ele pode estar no caminho; é necessário um passo de cada vez.

 

Natália Ferreira é integrante do Grupo de Estudos de Planejamento de Carreira

 

Página Semanal ABRH-SP – 28 de dezembro

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