Encontrar a exata definição de inovação e como liderá-la não é tarefa extraída de um manual. É preciso técnica e muito tato com as pessoas, condutoras da inovação. Para tratar desse assunto no CONARH, o painel Lideranças Inovadoras, moderado por Maíra Habimorad, presidente da Cia de Talentos, reuniu líderes de empresas: João Paulo Pacífico, CEO do Grupo Gaia; Jorge Hoelzel, membro do conselho da Mercur; e Rachel Maia, CEO da joalheria Pandora.
“Viver é inovar. Se você acorda e resolve tomar um café com mais leite do que o usual, já está inovando”, afirmou Hoelzer, ressaltando que, definido isso dentro das organizações, a liderança deve conectar um propósito à inovação e conduzi-la por todos os níveis da empresa.
“Não tente imitar a inovação de outras empresas, trilhe a sua própria”, foi a dica de Pacífico. Para o CEO do Grupo Gaia, o RH também tem papel preponderante nessa questão. Como exemplo, citou uma pequena inovação comportamental em sua organização, o Senhor Gentileza, boneco que é sempre repassado para alguém que foi gentil com o outro. “É um pequeno ritual inovador que estimula a gentileza entre as pessoas.”
Rachel, por sua vez, assinalou que o RH deve ter uma grande habilidade de negociação com o principal comandante da empresa para que a inovação envolva as pessoas, não apenas os negócios. “Eu sou muito business-oriented (orientada aos negócios), é minha parceira de RH quem chama a minha atenção para as consequências nas pessoas dentro da organização”, enfatizou. Rachel, que representa a ínfima parcela de CEOs negras no mundo – menos de 1% –, também ressaltou os investimentos na diversidade como caminho para a inovação. Segundo ela, trata-se de uma oportunidade para que a empresa analise uma mesma questão com olhares distintos.
Fonte: O Estado de São Paulo, 31 de Agosto de 2017