No CONARH 2017, discutimos temas de extrema importância para quem atua com gestão de pessoas. Entre tantas palestras incríveis, o case da IBM com mentoria reversa me chamou bastante a atenção. Trabalhar o tema da diversidade nas organizações se faz cada vez mais urgente no mundo em que vivemos, mas poucos conseguem caminhar nesse terreno de forma eficiente e construtiva, ou seja, ainda há muito o que conquistar nesse campo.
A experiência da IBM mostra o quanto é possível fazer um bom trabalho. O projeto começou, inicialmente, destinado à comunidade LGBT, porém, já se estende aos públicos diversos que compõem a companhia.
Nessa iniciativa, a mentoria reversa acontece da seguinte forma: cinco mentores com experiências inspiradoras (mulheres, afrodescendentes, homossexuais e pessoas com deficiência) orientam um mentee, que é um líder ou um influenciador, sobre diversidade. As sessões são mediadas por um moderador sênior, têm duração de 60 minutos e contam com acordo de confidencialidade, ou seja, é um espaço seguro para mentee e mentores.
Durante as sessões, os mentores procuram trazer aos mentorados suas experiências de vida profissional e pessoal, com o objetivo de inseri-los nas dificuldades que são próprias do grupo em que se encontram, para que, juntos, promovam uma mudança nos times em que atuam.
O modelo global do projeto já ocorreu em 38 países, em 34 idiomas e contou com 160 mentores, o que trouxe uma rica característica multicultural. Os benefícios que esse trabalho de mentoria reversa trouxe para a companhia e seus colaboradores foram muitos, como, por exemplo, agilidade na aprendizagem organizacional, apoio à adaptação de mudança cultural, desenvolvimento informal de lideranças, oportunidades de carreira e maior identificação e engajamento, entre outros.
O trabalho desenvolvido pela IBM aponta um caminho possível e eficaz na transformação das pessoas para seres humanos melhores, além de trazer conhecimentos profundos sobre realidades diversas, que dão a possibilidade de influenciar positivamente as futuras gerações.
Vale dizer que, ao aplicar a mentoria reversa, a organização entende que a liderança também pode aprender com seus liderados, que todos os profissionais – independentemente do cargo que ocupam – possuem experiências e conhecimentos que podem contribuir para o crescimento do time como um todo.
Dar voz a quem tem algo a dizer e que pode trazer mudanças culturais significativas é um ponto que, cada vez mais, devemos dar atenção.
Fonte: O Estado de São Paulo, 21 de Setembro de 2017
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