Sintomas e efeitos da Covid-19 na cultura organizacional
Todos nós e a maioria dos países do mundo estamos preocupados com a crise da Covid-19. Para conter a propagação do vírus, a maioria das empresas fechou suas instalações e transferiu o trabalho para o modelo home office. Entendemos que essas mudanças são altamente desafiadoras para a maioria de nós, entretanto, vamos todos trabalhar duro, pois não é fácil fazer as pessoas abraçarem as mudanças!
Em muitas empresas, a resistência das pessoas e dos líderes, quando não de ambos, chega a prejudicar ou até mesmo impedir a implementação de transformações positivas e necessárias.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa citada em artigo publicado na Harvard Business Review (HBR)https://hbrbr.uol.com.br/lideres-mudanca/ mostrou que mais de 70% de todas as mudanças propostas nas empresas acabam falhando. Qual é o papel do RH nisso tudo? De que forma o RH pode virar o jogo e criar uma cultura organizacional aberta às mudanças? Antecipo que esta resposta estará nos últimos parágrafos.
Antes de responder à questão, temos que recorrer à Primeira Lei de Newton, Princípio da Inércia, que diz que um corpo em repouso tende a permanecer em estado de repouso e um corpo em movimento uniforme, em uma linha reta, tende a permanecer em movimento constante, a menos que uma força atue sobre ele. E você deve estar se perguntando, o que significa isso?
Ao estabelecer um paralelo entre a cultura de uma organização e o corpo citado por Newton, talvez possamos explicar o resultado do insucesso das mudanças mencionado na pesquisa citada na HBR, ou seja, alterar a trajetória, a mentalidade ou o mindset cultural de uma organização demanda grande energia para romper a inércia, o que por si já é um grande desafio podendo gerar enorme prejuízo, principalmente quando essas tentativas falham. Em resumo, as mudanças, principalmente culturais, não acontecem de forma espontânea.
Em tempos de isolamento social e home office, os recursos tecnológicos passaram a ter uma maior relevância no planejamento, na execução e controle das atividades diárias. Por esse motivo, é fundamental que ocorra a transformação digital nas organizações, o que necessariamente exige uma transformação cultural para que haja uma verdadeira adesão desses recursos. Por mais complexos que possam parecer no momento de sua adoção e implantação, inúmeros benefícios serão obtidos, como consequência, em um segundo momento.
O que ainda vemos são empresas investindo e adquirindo recursos tecnológicos e, sem perceberem, permitindo que estes se tornem obsoletos, assim como descontinuando projetos para os quais foram adquiridos, por não terem priorizado sua adesão ou não atuarem fortemente na transformação ou mudança de sua cultura alinhada com a tão necessária transformação digital.
Creio que os motivos que levaram ao isolamento social e home office, por piores que sejam, deixarão algum aprendizado nessa direção, cabendo à cultura de cada empresa perpetuá-lo.
Razões para isso não faltam, principalmente nas grandes metrópoles brasileiras, favorecendo o meio ambiente com a diminuição do trânsito, consequentemente da poluição e principalmente do estresse.
Fonte: O Estado de São Paulo, 12 de Abril de 2020.
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