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Emoções inteligentes

O tempo de os profissionais deixarem as emoções em casa passou, mas precisamos aprender a lidar com elas no ambiente de trabalho

Bater na mesa, perder a paciência com facilidade e gritar com a equipe são atitudes típicas de alguém que tem “pavio curto”. Essa postura não faz bem nem para quem se descontrola nem para quem convive com essa pessoa. Por outro lado, alguém bem resolvido com suas emoções, que consiga resistir aos impulsos, conquista credibilidade, protagonismo, assertividade e – talvez o mais importante – liberdade emocional.

A experiência de Vera Martins é justamente fazer com que cada vez mais pessoas se reconheçam na segunda descrição. Ela foi a palestrante, no início de agosto, do evento do Grupo de Profissionais de RH da Regional Metropolitana Oeste, em Alphaville. Pesquisadora de neurociência e inteligência emocional, Vera passou duas décadas no mundo corporativo e atua hoje como coach e professora de instituições como FIA e Santa Casa.

“O RH tem uma grande responsabilidade na hora de promover pessoas. Quando você coloca uma equipe na mão de um líder, se ele não tiver inteligência emocional, pode destruir as pessoas”, afirma Vera.

Mas, afinal, o que é uma emoção inteligente? É quando a razão entra em cena para equilibrá-la. Isso não quer dizer que as emoções devem ser suprimidas. Elas são fundamentais para construir e manter relacionamentos. Varrê-las para debaixo do tapete é uma prática antiquada. Se, no passado, os chefes recomendavam “deixar os problemas em casa”, hoje não faz mais sentido. Um profissional do século 21 precisa pensar, sentir e gerenciar pessoas. Precisa ter autonomia e protagonismo. Esse perfil exige levar as emoções para dentro do escritório.

Para usar as emoções de maneira consciente, sem deixar que elas nos controlem, o primeiro passo é treinar a autoconsciência. Perceber quais são (raiva, tristeza, medo, alegria) e em quais momentos aparecem. Quando alguém o contraria durante uma reunião, você logo se altera? Tente perceber como seu corpo reage e em que estado você fica. Por que será?

Ao ter uma conversa honesta com as emoções, entendemos se elas são válidas ou não, temos a chance de controlar os impulsos e escolher o que vamos fazer. Assim, podemos controlar a maneira como nos comunicamos com o mundo. Em vez de engolir sapos, partir para um comentário agressivo ou irônico, passamos a ser mais assertivos e coerentes.

Uma consequência comum da falta de autoconhecimento e da tentativa de ser absolutamente racional é o comportamento defensivo. “Negar a emoção pode levar a um desequilíbrio emocional. Na tentativa de ser ‘forte’, a pessoa acaba com sua resiliência e se torna agressiva e defensiva”, diz Vera.

Melhorar a inteligência emocional não é tarefa simples. Exige uma observação constante sobre nós mesmos e pode até contar com ajuda externa, como terapia, cursos e coaching. Mas o retorno é imensurável.

Fonte: Regional Metropolitana Oeste – 27 de agosto de 2017

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