De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o estresse atinge 90% da população e é o grande responsável pelo aumento da incidência de doenças afetivo-emocionais (depressão, ansiedade, fobias, síndrome do pânico e síndrome de burnout), físicas (cardiopatias, diabetes, câncer, entre outras), bem como comportamentais (utilização de álcool e drogas – lícitas e ilícitas).
O estresse, na verdade, tem por obrigação proteger o homem, mas se torna o grande vilão quando os estressores se tornam cumulativos. Desde o tempo das cavernas, o homem se deparava com elementos estressores, que eram as intempéries e os animais selvagens, entre outros. O estresse cumulativo e crônico leva a um comprometimento neuropsicofisiológico e, consequentemente, a um rebaixamento do sistema imunológico.
No decorrer da história da humanidade, o homem, um ser ilimitado em suas potencialidades de conhecimento, foi criando sistemas cada vez mais complexos e rápidos, aos quais se submete, mas nem sempre o organismo suporta a carga advinda deles.
Como não podemos fugir e precisamos enfrentar nossos compromissos e obrigações, diante dos estressores do dia a dia, que podem ser positivos ou negativos, o nosso organismo vai disponibilizando cargas de hormônios para nos manter habilitados para continuar a nossa jornada.
Com a pandemia, o relato de horas trabalhadas além do expediente normal aumentou, e muito. Estudos preliminares da OMS consideram que, no Brasil, 4% dos profissionais estão expostos a 55 horas semanais – em alguns países chegam a atingir cerca de 33% de sua população. Verificou-se também uma ocorrência de risco maior de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 17% mais de morrer por doenças cardíacas, em comparação com jornada de 35 a 40 horas semanais.
Na pandemia, o número de horas extras aumentou (muitas vezes sem remuneração), substituindo as oportunidades de lazer, convívio social e familiar. O estresse é cumulativo. Conforme dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), os adoecimentos e mortes podem acontecer na meia idade ou mais velhos, ou seja, muito tempo depois dos excessos de horas trabalhadas.
O alto turnover e afastamentos por motivos de saúde têm levado algumas empresas a rever seus protocolos de trabalho, gerando maior possibilidade de um ambiente mais saudável, mas muitas ainda não se deram conta do quanto isso prejudica a própria saúde e produtividade dos seus profissionais.
Não deixe o sinal de alerta acender, seja o protagonista de sua história e de sua vida. Aprenda a colocar limites, a dizer o “Sim” e o “Não” de forma assertiva, para não ter consequência mais sérias. Prevenir a saúde é menos custoso do que curar.
A atividade física é fundamental para recarregar as energias e promover a descarga de hormônios positivos; incluir a meditação tradicional ou mindfulness como uma prática diária é uma sugestão.
“O estresse não é o mal do século. O mal do século é não saber administrá-lo.” Tenho que concordar com a Leila Navarro, mas para isso é necessário autoconhecimento e resiliência.
Por Natalia Marques, integrante do Grupo de Estudos de Saúde e Bem-Estar Corporativo
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