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Gestão ambidestra: O equilíbrio entre a operação eficiente e a capacidade de inovar.

O conceito de ambidestria, em seu sentido literal, significa a habilidade de uma pessoa usar ambas as mãos igualmente com a mesma desenvoltura.
O termo ambidestro, no ambiente corporativo, está relacionado a capacidade de gerir a operação de maneira eficiente ao passo que se busca soluções inovadoras e disruptivas.
Ou seja, é a busca pelo equilíbrio, entre desenvolver melhorias operacionais e garantir que a empresa opere da melhor maneira possível, e também direcionar esforços e investimentos em buscar e aplicar as tendências do futuro.
Na literatura temos dois termos para explicar como o gestor poderá aplicar este conceito em sua equipe, e desta forma, extrair o melhor para o time e para a companhia. Estamos falando de exploração e explotação. Exploração refere-se a novas estratégias, aquilo que não é feito no dia a dia, não faz parte da natureza da empresa ou do escopo de trabalho da área / time. Já o termo explotação refere-se ao que somos especialistas, as entregas diárias, o plano de trabalho.
A tendência das empresas é se dedicarem a explotação, melhorar a operação, se tornar ainda melhor naquilo que já é entregue com qualidade. Aqui existe uma maior segurança do sucesso em um curto espaço de tempo, já na exploração corre-se um risco maior.
Quando falamos de organização e gestão estamos falando de pessoas e não se aplica aqui uma ciência exata, uma conta simples para balancear este equilíbrio.
A aplicação da ambidestria em uma organização depende de diversos fatores, como por exemplo, a estimativa e expectativa da organização com relação a inovação, o mercado de atuação, o investimento e o cenário externo.
A chave para este equilíbrio é a integração de processos bem definidos, time diverso e um gestor atento as necessidades que cada momento trará.
Estamos falando de dois comportamentos distintos, mas que se completam. Através destes comportamentos, a gestão pode melhorar a exploração e explotação, gerindo e melhorando os processos e trabalhando com uma visão inovadora e disruptiva.
Apesar de se caracterizar como um método mais complexo de gestão, este formato tem se fortalecido nas companhias, principalmente com o trabalho hibrido e a transformação digital.
Este desenho permite ao líder inovar mas se manter eficiente na operação, isso traz equilíbrio para a empresa e para o time.

Um dos grandes desafios deste modelo de gestão é que, principalmente o líder que tem o foco em execução de projetos esteja aberto as novidades, pois apenas com esta balança equilibrada (inovação e excelência operacional) se garanti a visão estratégia, o desenvolvimento e a consolidação de mercado.

Quando se fala em estratégia, estamos falando da ambidestria estrutural, onde se trabalha com grupos que são estimulados a desenvolverem tarefas especificas. Cria-se um ambiente que gera excelência e inovação em diversas áreas, simultaneamente.

Quando essa visão é difundida em toda companhia, sem distinção entre grupos ou exploração / explotação, a conquista dos resultados é consequência, não apenas no negócio mas na equipe.
Para que esta gestão tenha êxito é fundamental que os seguintes pilares sejam trabalhados e fortalecidos: inteligência emocional, flexibilidade, olhar no futuro e administração de conflitos.
A gestão ambidestra usará dois pontos antagônicos para criar uma estratégia forte e competitiva, o olhar do líder no futuro é essencial mas jamais poderá esquecer de avaliar como anda a equipe, atingimento de metas e processos transacionais.
Aqui as diferenças são de suma importância para o bom desenvolvimento dos processos, pois características criativas e operacionais bem alinhadas transformará qualquer negócio.
Este líder conseguirá equilibrar as capacidades e habilidades de sua equipe, estimulando a criação e inovação em certos momentos e cuidando dos momentos que pedem trabalho focado na operação.
Com isso temos uma equipe diversa porem alinhada, desenvolvida e que atingem seus objetivos e metas.
Esta estratégia de gestão utiliza métodos mais flexíveis e inclusivos o que estimula a equipe a criar e se auto gerir.
Reforço aqui que para que se tenha sucesso neste modelo é fundamental que o líder invista numa gestão humanizada com uma cultura organizacional sadia e com foco no desenvolvimento do time.

O papel fundamental deste líder é pensar no futuro sem deixar de realizar um excelente trabalho no tempo presente.

Artigo escrito por Alini Viana da Silva, Gestora de DO, Gente e Cultura, Membro do Grupo de Líderes de RH da ABRH-SP e Mãe da Julia e da Ester.

São Paulo, 24 de Outubro de 2022.

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