Dizem que as pessoas não se demitem das empresas, mas sim, de seus chefes. Um levantamento realizado pela ICTS Outsourcing, empresa de gestão de riscos, ética e compliance, traz subsídio para essa afirmação ao apontar que o líder é o principal foco do canal de denúncias das companhias, com 55,9% dos registros em 2017. O número corrobora a importância do anonimato e, não por acaso, as denúncias anônimas foram a opção escolhida por 69,7% dos denunciantes.
Também de acordo com o levantamento, que considerou uma amostra de 50 empresas usuárias de canais de denúncia, no período de 2014 a 2017 houve um aumento de 52,6% nos relatos, passando de 17.572 para 26.524 denúncias. Fatos como a eclosão da operação Lava Jato e a promulgação da Lei Anticorrupção, bem como a maior atenção da sociedade à exposição de situações de assédio moral e sexual, certamente estão impulsionando o uso desse instrumento no ambiente corporativo.
O estudo mostra, ainda, a maior preocupação das empresas em dar feedback aos denunciantes: o tempo de apuração caiu 43,6% e, em 2017, alcançou 36 dias em média.
Já quanto ao tipo de denúncia mais frequente, 42,7% são sobre problemas de relacionamento interpessoal; dessa fatia, os casos mais recorrentes foram de práticas abusivas, como assédio moral e sexual, agressão física, discriminação e preconceito, que representam 26% do total. Relatos sobre ilícitos e má intenção somaram 33,8% e o descumprimento de políticas, normas e procedimentos internos representaram 23,5%.
Fonte: O Estado de São Paulo, 1 de Fevereiro de 2018.
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