O custo per capita da assistência médica subiu de R$ 270,30, em 2016, para R$ 321,58 em 2017 – 19% a mais – e já equivale a 12,71% da folha de pagamento das empresas. Apesar da pressão dos custos, apenas metade delas pretende adotar medidas de controle nos próximos dois anos. É o que mostra a pesquisa da Mercer Marsh Benefícios, realizada com 690 organizações, que, juntas, empregam 1,7 milhão de pessoas.
Ainda: considerando que em 2012 o custo per capita era de R$ 158,42, a evolução foi de 102,3% nos últimos cinco anos. Francisco Bruno, consultor sênior da Mercer, diz que, de acordo com os indicadores, os reajustes dos planos foram 40% superiores à inflação de preços (IPCA) do país no acumulado de 2012 a 2017.
Ainda que os planos de saúde sejam fontes de forte pressão de custos, apenas metade dos respondentes mencionou a intenção de adotar medidas nos próximos dois anos: 52% investirão em programas de saúde; 50% farão harmonização e redesenho dos programas de benefícios com foco no controle dos custos e também para se equiparar às práticas de mercado; já troca de fornecedor por insatisfação com os serviços está no radar de 47% das empresas.
“Em relação aos benefícios pós-emprego, somente uma pequena parcela (13%) extinguirá o modelo de contribuição fixa ou upgrade que permite a extensão do benefício para os inativos, podendo, nesse caso, configurar-se a existência de passivos a serem reconhecidos nos balanços das empresas”, afirma o consultor.
Cresce a coparticipação
O crescente aumento de custos tem incentivado as empresas a incorporarem o modelo de coparticipação. De acordo com o estudo, o total daquelas que adotam essa prática subiu de 47% em 2014, para 66% em 2017. A participação dos colaboradores nos valores das consultas, exames simples, exames especiais, terapias e pronto-socorro, entre outros procedimentos simples, é, em média, de 23%.
“A coparticipação é uma importante ferramenta usada como instrumento de controle de custos e de conscientização dos colaboradores para o uso correto dos planos. O expressivo crescimento das empresas que adotam a coparticipação (51% em 2015 para 66% em 2017) demonstra claramente o entendimento sobre os pontos positivos do modelo”, explica Francisco Bruno.
Investimento em bem-estar
De acordo com a pesquisa, a alta dos custos também trouxe um aumento de investimento em programas de saúde e bem-estar, que saltou 21%, passando de R$ 224,15 registrados em 2015 para R$ 271,21 em 2017; além disso, nos próximos dois anos, 38% dos entrevistados pretendem investir mais nessa área.
Mariana Dias Lucon, líder da área de consultoria da Mercer, faz um alerta: embora a estruturação desses programas seja fundamental para controlar custos dos planos de saúde no futuro, somente uma parcela pequena (24%) o faz. “A falta de um programa estruturado pode levar a empresa a demorar mais tempo para usufruir dos benefícios que os programas podem produzir”, avisa.
Fonte: O Estado de São Paulo, 9 de Novembro de 2017.
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