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O impacto da pandemia na comunicação

Temos uma diversidade imensa em nosso país. Cada canto do Brasil possui costumes, manifestações religiosas, comidas típicas e uma forma característica de se comunicar, de modo que existem até palavras com significados diferentes em alguns estados. Assim, aprimorar a comunicação torna-se uma arte.

No ambiente corporativo, é imprescindível entender essa diversidade e se comunicar de forma clara, pois cada pessoa carrega suas raízes, “manias” e um jeito específico de expressar suas opiniões. Todas essas condições, portanto, fazem da língua portuguesa uma ciência não exata, mas com regras, estruturas e formas de linguagem diferentes.

O mesmo acontece no mercado financeiro, possuidor de linguagem própria e, muitas vezes, incompreensível para a maioria das pessoas. Cá entre nós, quem nunca teve dificuldade em se comunicar com um gerente de banco para entender instruções financeiras ou relatar algum problema? Conseguir comunicar-se sem ruídos e ser compreendido não é uma tarefa fácil e torna-se algo bem complexo.

Sabemos que a pandemia agravou o estado de saúde física, emocional e financeira das pessoas, aumentando, inclusive, a dificuldade em relatar suas dores por conta do distanciamento. Se tais assuntos já eram tratados como tabu antes da crise, causando sérios problemas no clima organizacional e na comunicação interpessoal, o isolamento e a falta de um canal para desabafar só agravaram o problema, pois já é mais do que sabido que ficar calado não é solução.

Segundo estudos, pessoas que passam por crises emocionais e financeiras, caladas e sem auxílio profissional adequado, têm grande propensão a ficarem mais irritadas, menos concentradas, menos participativas e mais doentes.

Sendo assim, a volta aos escritórios deixará problemas expostos e caberá às organizações escolher a melhor forma de abordá-los, entendendo as particularidades de cada um. Um passo inicial para aliviar essas dores é a criação de canais de acolhimento voltados para os colaboradores exporem seus problemas de forma segura e sigilosa, direcionando-os a atendimentos com profissionais especializados quando necessário, a fim de aliviar a pressão que impacta seu desempenho e sua qualidade de vida.

É essencial que as empresas assumam esse compromisso o mais rápido possível. A comunicação, por meio de uma linguagem acessível, assertiva e não violenta, será o primeiro passo para que cada um se sinta acolhido na volta ao trabalho presencial.

Por José Roberto Falcone, integrante do Grupo de Estudos de Comunicação Interpessoal 

São Paulo, 07 de Março de 2022

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