“A preparação da volta é fundamental e a estratégia para fazer isso tem de ser aos poucos e considerar uma série de fatores”, assim pensa o presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, sobre o pós-pandemia. Segundo ele, algumas pessoas creem firmemente que o lugar em que elas estão sentadas muda a economia.
“Mudar do lugar em que estou sentado na minha casa para a minha mesa na KPMG não muda absolutamente nada. O que precisamos é ter uma volta que assegure que a economia, o consumo das famílias e a disponibilidade de crédito voltem, mesmo porque não vamos voltar iguais. Quem vai ser o primeiro a entrar em um avião para viajar, a ir a um teatro, a um cinema? Arrisco dizer que, enquanto não tivermos um remédio eficaz ou uma vacina, o mundo não será mais o mesmo”, diz Krieck.
De acordo com ele, a primeira mensagem trabalhada na KPMG é a da positividade. “Precisamos promover a positividade, a tranquilidade e presença de espírito para a volta, que será tão ou mais complicada que o lockdown. O líder deve assegurar que as estruturas estão corretas.”
Krieck dá como exemplo a própria KPMG, que definiu que só 20% dos seus 5.400 funcionários podem estar nos escritórios espalhados pelo país ao mesmo tempo e nunca mais de duas vezes por semana, em dias não consecutivos. Outra decisão foi a obrigatoriedade do uso de máscaras, mas que leva a um problema. Quantas máscaras vão ser necessárias na volta para esse número de funcionários se eles usarem duas por dia? E álcool em gel? Ao multiplicar esses números pelas demais empresas, o retorno ao trabalho não entrará em conflito com a instituição pública de saúde ao competir por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)?
Ele vai além nos questionamentos: “Na KPMG, não temos salas, apenas grandes mesas em que as pessoas trabalham juntas. Terei que tirar uma cadeira para chegar à distância de 2 metros entre as pessoas? Onde elas vão almoçar quando voltarem? Qual vai ser a política de viagem? Como serão as reuniões, os eventos? São questões práticas que teremos de resolver”.
Na visão do presidente da KPMG, a liderança acolhedora e humanizada, sem paternalismos, é importante nesse momento, mas vai gerar efeitos por muito mais tempo. Quando o mercado voltar ao normal, as pessoas vão receber propostas de empregos, vão mudar de posições, mas não vão se esquecer do momento da crise quando foram tratadas com respeito, dignidade, transparência e de forma humana.
“Isso vai trazer fidelização e as empresas que tiveram melhor atuação social vão atrair os melhores talentos”, afirma Krieck, que completa: “Não existe melhor investimento para você fazer na sua empresa, seja manufatureira, seja de serviços, que investir nas pessoas”.
Ao lado de Daniel Motta, sócio e CEO da BMI Blue Management Institute, Charles Krieck participou do webinar Capital Humano Pós-Pandemia e o Papel da Liderança, que foi realizado pela ABRH-SP em 24 de abril, com a moderação de Luiz Eduardo Drouet, diretor de Expansão das Regionais da Associação e CEO da Share RH. Assista a este e outros webinars no canal da ABRH-SP no YouTube.
Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP - 04 de Maio de 2020
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