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Presentes para as líderes do futuro

Depois de um dia todo de reflexões, insights e chamadas para a ação, o painel de encerramento do LIFE discutiu que legado será deixado para as próximas líderes mulheres, com as participações de Leonel Andrade, CEO da CVC Corp, e Stéphanie Fleury, que recentemente deixou o cargo de Chief Sales Officer da Bitz. Glaucimar Peticov, diretora executiva do Bradesco, mediou a conversa. Leia, a seguir, as principais reflexões:

Para Leonel, a definição de liderança tem mudado bastante e hoje significa fazer com que cada pessoa possa ser ela própria. “Quando olhamos para o lado feminino, que sempre foi subjugado, gosto de dizer que tive muita vantagem competitiva para fazer a minha carreira: sou branco, homem, tive por sorte uma formação melhor que a de outras pessoas e isso muitas vezes foi só o acaso. Atualmente, cabe a cada um de nós fazer com que isso deixe de ser diferencial e, principalmente nós que estamos na liderança e somos homens, tenhamos consciência e coloquemos em prática: a melhor coisa do mundo é um negócio chamado diversidade. Por uma razão simples: o mundo é diverso. Precisamos reconhecer que, se queremos ter um negócio sustentável, temos de atender ao mundo. E para isso devemos ter esse mundo representado na cultura, no dia a dia da organização, em todos os sentidos.”

O CEO da CVC Corp entende que o papel do líder de uma organização é dar exemplos, mas a melhor maneira de influenciar os outros não é apenas ficar falando. “É colocar em prática aquilo que está dentro da minha alçada. Tenho praticado isso como um compromisso público. Quando assumi a empresa [em abril de 2020], lançamos um programa de sustentabilidade, com a diversidade como pilar principal e com a primeira meta de inclusão feminina.”

Em um ano e meio, a empresa, que tinha no topo vinte diretores executivos e uma mulher, passou a contar com dez diretores e cinco mulheres. Ao Conselho de Administração chegaram duas mulheres. “Ainda é pouco, mas é um avanço melhor do que a média. No time total da empresa, a maioria já é mulher. O próximo passo é a questão da raça. E nós vamos assim, com o compromisso de até os cinco anos seguintes todas as áreas de diversidade estarem equilibradas e representadas dentro da companhia. Tenho a convicção de que a gente vai se transformar em uma empresa mais competitiva e reconhecida por fazer isso. Todos temos que dar exemplos muito claros. Mudança cultural só acontece de fato com o exemplo da liderança.”

Representatividade
Stéphanie empreendeu em várias áreas até criar, junto com outros sócios, a fintech de carteira digital DinDin, que quatro anos depois foi adquirida pela Bitz, empresa do grupo Bradesco. “Desde a venda para o Bradesco e de ter me juntado ao time Bitz, tive o privilégio de ser uma das únicas mulheres, gay assumida, sentada numa cadeira de diretoria em uma empresa de um grande grupo. Só depois que aconteceu é que pude ver a importância disso tudo. Passa pela visibilidade e pela representatividade que se tem”, contou.

Segundo ela, não só de dentro do próprio Bitz, mas pessoas de outras empresas tradicionais e startups agradeceram pelo fato de, mesmo ainda sem terem assumido publicamente, se sentirem mais fortes pelo exemplo compartilhado por ela. “É muito importante conseguir puxar essas pessoas para cima, é muito importante para todos saberem que é possível. Espero cada vez mais levantar essas bandeiras.”

Participação dos CEOs na transformação
Os convidados falaram do que acreditam ser o papel do CEO nesse momento de transformação. Para Stéphanie, é conseguir realmente enxergar, liderar para o resultado mais humanizado e permitir o erro, dando tempo para o aprendizado.

Já para Leonel, o primeiro papel de um CEO é conhecer cada pessoa e valorizar cada sonho para que ela alcance o sonho imediato, porque a caminhada é longa e é preciso saber dar cada passo. “Por isso que a gente tem de bater papo. Comunicação não tem de ter hierarquia. O CEO deve transitar em todos os níveis, por exemplo, participar da reunião dos estagiários. Outro ponto fundamental, principalmente para os jovens: não perca um minuto sequer do seu tempo tentando ser melhor do que os outros. Não perca um dia sequer de sua em que você não possa ser melhor que você mesmo.”

Regras de ouro
Stéphanie e Leonel compartilharam as regras de ouro para a liderança do futuro, “O aprendizado contínuo é o que me guia. Tenho verdadeira paixão por isso. Foi o que me levou a grandes lugares ao longo das diferentes carreiras que tenho trilhado. Como vamos ter uma vida cada vez mais longa, ter diferentes skills e carreiras em uma única vida pode ser muito importante. Outra regra de ouro é o networking, conseguir construir uma rede de apoio que pode funcionar tanto para a sua vida pessoal quanto profissional”, disse Stéphanie.

“O mundo adora o talento, mas recompensa o caráter. Não troque sua reputação ou credibilidade por nenhuma conquista financeira ou de negócios”, acrescentou Leonel. “Além disso, procure se divertir e talvez a melhor forma de se divertir seja não dormir com problemas. Identifique aquilo que faz você limpar o dia: meditação, leitura, ginástica. Tente entender que a vida profissional é só uma das suas carreiras. Não perca de vista as outras.”

Glaucimar também acrescentou uma mensagem que pode fazer diferença no caminho: “Sonhos não se guardam. A gente não guarda sonhos. Não deitamos só para descansar e dormir, deitamos para sonhar. E, mais gostoso que sonhar, é realizar”.

Confira os melhores momentos do CHRO Forum na próxima edição.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP - 15 de novembro de 2021

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