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Seu estresse está fora de controle na pandemia? Transforme desafios em crescimento

Se você se sente estressado e esgotado nos tempos atuais de pandemia, você não está só... pesquisas comprovam que o COVID trouxe muito sofrimento psíquico decorrente do isolamento social, crise econômica e famílias estressadas convivendo 24 horas por dia. Como desarmar essa bomba-relógio e transformar estresse em oportunidade de crescimento? Continue lendo...

As estatísticas são assustadoras: mais de 72% da população tem alguma sequela de estresse e 30% sofrem de um estresse crônico e esgotamento nervoso, o burnout. Quem sofre de Burnout trabalha, em média, 5 horas a menos do que funcionários livres da síndrome.

O estresse é uma reação natural do corpo diante de uma ameaça ou desafio, quando o corpo demanda mais energia para enfrentar o inimigo ou fugir dele. Desde os nossos antepassados, tínhamos sempre que escolher entre caçar e enfrentar o risco de sermos feridos por predadores ou ficar em casa e morrer de fome...

Não temos mais um leão nos esperando lá fora, mas ainda temos desafios reais e psicológicos que precisamos enfrentar para viver, e em tempos de pandemia precisamos mais que nunca aprender a lidar com o estresse sem adoecer, para cuidarmos de nossa vida, de nossa família e trabalho.

O estresse é natural e inclusive desejável em certa medida. Se você não tem desafios, sua vida seria um monotonia e tédio e você provavelmente adoeceria, ao ver suas habilidades serem sub-utilizadas e não serem desenvolvidas sob o crisol dos problemas cotidianos.

O estresse na medida certa é chamado de “eustresse”: ele te motiva a sair da zona de conforto para estudar para mudar de carreira, passar num concurso e abrir ou mudar seu negócio para atender novos clientes, aproveitando sua paixão e talentos, mesmo correndo o risco de não dar certo.

Por outro lado, a sobrecarga de estresse, acima de nossas forças e somada a uma sensação de falta de controle sobre a situação, literalmente mata nossos neurônios e nos adoece, e a sobrecarga gera ansiedade e, no longo prazo, nos exaure, doença chamada pela psiquiatria de “burn-out”, literalmente, ”consumir-se”, além de estar associada com aumento das taxas de transtornos de ansiedade e depressão.

Como lidar com o estresse nesta pandemia?

Antes de mais nada, aceite que é uma situação passageira, fora do comum, e que nenhum de nós estava preparado para esse desafio de teletrabalho, recessão financeira e riscos de saúde. Tenha paciência com você, e vá com calma. Certamente teremos que aprender novas habilidades, mas vamos nos adaptar com o tempo. Respire fundo e se abra ao aprendizado diante dos novos desafios.

Pratique o minimalismo. Foque no essencial. Todos temos muitas preocupações, mas nossa zona de influência é limitada. Menor ainda é nossa zona de contribuição: quais são as poucas coisas que sabemos melhor que a maioria e nas quais podemos contribuir ao máximo.

Defina as atividades que são importantes e urgentes e quais são aquelas que são urgentes para os outros, mas não são sua responsabilidade. Procure ser assertivo ao questionar a pauta de uma reunião que parece sem objetivo e veja se sua presença realmente é necessária e irá agregar aos outros e a você. Aprenda a dizer não de forma educada e com diplomacia.

Faça pausas curtas a cada 45 minutos de atividade “focada”. Nossa atenção e foco funcionam em “tiros” curtos, depois disso tendemos a nos dispersar naturalmente. Respeite os ritmos de repouso e atividade de seu corpo. A cada 45 minutos de trabalho, dê uma parada para beber água, dar uma volta por aí (mesmo ao redor do apartamento – risos) – e fazer algo que goste. Precisamos dessas pausas para nos recompor e retomar o foco.

Procure dedicar tempo na sua agenda semanal e diária a práticas que são importantes para você mas não são urgentes: praticar atividade física, meditar, caminhar na natureza, passar tempo de qualidade com sua família e amigos, praticar um hobbie, se aperfeiçoar na sua carreira e outras atividades que irão te desenvolver e gerenciar sua energia.

Mude sua forma de pensar da mentalidade fixa para a mentalidade de crescimento. Segundo a autoria Carol Dwec, do livro Mindset, existem estas duas formas de pensar, uma, da pessoa com a síndrome “Gabriela”, do “eu nasci assim, vou ser sempre assim”, que tende a se acomodar no que já sabe e que acredita que problemas devem ser evitados porque são um enorme risco de parecermos incompetentes e fracassados, enquanto que outras, as que abraçam a mentalidade de crescimento, encaram cada problema e desafio como uma musculação para desenvolver suas forças de caráter e competências.

O problema é as pessoas de mentalidade fixa geralmente lidam pior com os desafios e crises, se estressando mais cronicamente e adoecendo, enquanto que as de mentalidade de crescimento tendem a se recuperar melhor de crises, e saindo mais fortes. É uma escolha: decida aprender e crescer com os desafios, já que estes são inevitáveis e parte do jogo.

Não siga sozinho. E por fim, não siga nesta estrada turbulenta sozinho: procure amigos, cultive redes de relacionamento em seu trabalho – mesmo a distância – e entre seus conhecidos. Não espere a situação piorar para procurar alguém, se antecipe procure agora mesmo se interessar pela vida dos outros, ligar nos aniversários, acompanhar as promoções das pessoas no Linkedin. Fazendo isso, você aumentará a probabilidade de que as pessoas estejam disponíveis quando você precisar delas.  E vai tornar você mais imune às crises: pessoas com rede de apoio são mais felizes e resilientes.

Espero que com essas dicas você possa transformar seu estresse amargo – os limões da vida -  numa ótima oportunidade de crescimento.

Por Emerson Andrade Pacheco, facilitador no Grupo de Estudos Lab Competências do Futuro, de São Paulo

São Paulo, 19 de Julho de 2021

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