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Transformação digital, beneflex e home office: ações de extrema valorização no pós-pandemia

Na pesquisa sobre gestão de benefícios realizada pela Propay em 2019, cerca de 41% dos respondentes disseram que os benefícios flexíveis eram o desejo de implantação. No mesmo levantamento, metade afirmou que o home office era um benefício que auxiliava muito na atração e retenção de talentos. Um ano depois, juntamente com a transformação digital, eles passaram a ser mais valorizados em razão da pandemia.

Entenda como a empresa tem liderado as equipes em home office e tudo o que vem sendo feito para engajar os colaboradores. Leia a seguir:

 

ABRH-SP NEWS – A pandemia acelerou a transformação digital das empresas? Como a Propay tem percebido e sentido essa mudança?

Martius Haberfeld – A transformação digital, que antes era apenas um futuro não muito distante, virou realidade para diversas empresas durante a pandemia. Muitas companhias, que anteriormente já possuíam planos de instaurar processos digitais, se viram obrigadas a acelerar seus projetos. A Propay se enquadra neste perfil, já que tinha estratégias traçadas para inserir um contexto de transformação digital internamente e então ofertar tecnologias robustas e que aderem às demandas dos clientes. Sentimos muito essas mudanças no mercado, já que o número de busca e interesse de nossos clientes por tecnologias como soluções em nuvens e mobile, por exemplo, cresceu vertiginosamente. A tendência agora é que todos enxerguem a transformação digital como peça-chave para o sucesso de todo e qualquer negócio.

ABRH-SP NEWS – A gestão de benefícios também sofreu mudanças importantes com a pandemia? Quais benefícios têm sido mais valorizados agora e quais as tendências para o setor?

Martius Haberfeld – A Propay realizou uma pesquisa sobre gestão de benefícios em 2019, o HR Trends, com a participação de 614 empresas nacionais e multinacionais. Nela foi apontado que os benefícios flexíveis eram o desejo de implantação de cerca de 41% dos respondentes. Nesta crise, foi perceptível que as empresas que faziam uso de beneflex tiveram menos impactos em sua gestão de benefícios, já que permite que o colaborador escolha o que mais adere as suas necessidades. Isso pode incentivar as empresas com modelos tradicionais a alterarem sua gestão para o flexível. É uma grande tendência.

Também nessa pesquisa, metade dos respondentes disseram que o home office era um benefício que auxiliava muito na atração e retenção de talentos. Hoje, percebemos que o trabalho remoto é totalmente viável na maioria dos casos. Passará a ser um benefício de extrema valorização. Além disso, tem o benefício Plano de Saúde, que continua sendo o mais valorizado pelos brasileiros, ainda mais com a pandemia. Os profissionais se sentem mais seguros em ter atendimento médico à disposição. Vale destacar que a crise do novo coronavírus abriu oportunidades para as organizações estimularem os funcionários a procurar e gerenciar os cuidados de saúde virtualmente. Nesse aspecto, é visível que a área de RH ainda terá que remanejar a gestão de benefícios de maneira macro para se adaptar às necessidades dos colaboradores.

ABRH-SP NEWS – Por que a Propay optou por esse modelo de parcerias (Senior, Totvs e LG) e o que essas parcerias têm agregado de valor ao negócio? E com organizações como a ABRH-SP, o que a parceria agrega para a Propay?

Martius Haberfeld – A Propay entende que as necessidades das empresas são muito diferentes. Dessa maneira, chegamos à conclusão de que deveríamos agregar alternativas que conseguissem compor a solução adequada à demanda específica de cada cliente. Sendo assim, decidimos acrescentar à tecnologia de ponta de nossos parceiros, Senior, Totvs e LG, a nossa excelência em serviços. Toda essa estratégia de agregar valor funciona inclusive com a ABRH-SP, que é considerada uma associação ícone para todos os profissionais da área de Recursos Humanos.

ABRH-SP NEWS – Como tem sido liderar as pessoas a distância, em home office?

Martius Haberfeld – No geral tem dado bastante certo. A distância dos colaboradores é encarada como um grande desafio. Alguns acham que perdem o controle da execução das atividades, porém com uma boa gestão remota das equipes, reuniões periódicas e a área de RH realizando ações que acolhem os profissionais, os obstáculos acabam ficando menores. O essencial é ter empatia sempre, entender que esse novo modelo será a realidade de muitas empresas e que, como para um número considerável de pessoas é novidade, a adaptação ainda está em percurso. Dessa forma, a Propay tenta ser o mais transparente possível, sempre enfatizamos nossos objetivos e nossas dificuldades. Isso é importante para deixar todos na mesma página e com propósitos bem alinhados, o que facilita nessa gestão remota.

ABRH-SP NEWS – O que a Propay tem feito para manter o engajamento das equipes?

Martius Haberfeld – Manter a equipe engajada, neste contexto, é um desafio para todos os gestores. Aqui na Propay realizamos bimestralmente o Sintonia, um encontro que tem o objetivo de manter todos alinhados sobre os objetivos da companhia e os resultados alcançados, e com informações relevantes sobre este momento que estamos passando. Além disso, empoderamos nossos líderes em uma gestão mais funcional, mais próxima e humana. Mais do que liderar processos, precisamos de gestores de pessoas, que respeitem as individualidades e necessidades de cada colaborador. Estamos vivendo um momento ímpar na nossa história e garantir este engajamento pode ser decisivo para qualquer negócio.

MATÉRIA 2

Como lidar com os desafios da saúde mental nas organizações

 

Tema dos mais importantes e atual, a saúde mental em tempos de pandemia foi assunto do webinar realizado pela Regional Centro Oeste da ABRH-SP na última quarta, com as participações da médica Antonietta Medeiros, diretora da área de Gestão de Saúde e Bem-Estar e Gerenciamento de Risco em Saúde da Mercer-Marsh, e de Gledson Fonseca, gerente de Desenvolvimento Organizacional (Expertise Center) do Grupo Jacto e cofundador da Associação Anjos Guerreiros. Diretora de Eventos e Comunicação da ABRH-SP Centro Oeste, Patrícia Levorato foi a moderadora.

O principal fator impeditivo para promover a saúde mental dos colaboradores e da comunidade, de acordo com a dra. Antonietta, continua sendo o estigma que existe em relação ao tema. O primeiro passo, portanto, é falar sobre o processo e os fatores, e, assim, atuar mais fortemente e eficazmente em relação ao problema.

Segundo ela, os números e estatísticas têm mostrado o quão prevalentes são os transtornos mentais. O suicídio é a segunda maior causa de óbitos em adultos jovens, a depressão é a principal causa de incapacidade no mundo e será a primeira causa de adoecimento nos próximos anos. Na América Latina, o Brasil tem mais casos de depressão notificados e, quando falamos das Américas, perde apenas para os Estados Unidos. A cada dez afastamentos, cinco estão relacionados a questões emocionais. E, ainda, há o aumento de 30% nos últimos dez anos dos casos de uso de drogas, chegando a afetar 5,5% da população mundial.

“A saúde mental está relacionada à forma como as pessoas reagem às exigências do dia a dia, à capacidade de harmonizar ideias e emoções. Não é à toa que agora, nesse momento que estamos enfrentando, mais pessoas sofrem com transtornos afetando a saúde mental. Em função do novo coronavírus, fomos obrigados a mudar nossos hábitos abruptamente. De uma hora para outra, tivemos de fazer adaptações e isso, muitas vezes, leva tempo para que as pessoas possam se adequar às mudanças de forma ágil e rápida, o que causa ansiedade. Além disso, o próprio medo, o receio do incerto que o vírus está trazendo hoje geram certa ansiedade para todos nós”, destacou a médica.

Sobre os fatores de risco que afetam a saúde mental, ela destacou que não existe um único, somos complexos demais. Fora das organizações, os principais são as relações socioculturais e familiares; a situação econômica do país, que gera, neste momento, muita ansiedade e expectativa em relação ao emprego e salário; a insegurança gerada pela violência social e doméstica, que emergiu muito fortemente na pandemia; e a saúde financeira pessoal.

Já dentro das organizações, os fatores que podem afetar a saúde mental são o conhecimento das atividades laborais e das ferramentas adequadas para a realização do trabalho; o ambiente organizacional e como os líderes lidam com os colaboradores; e o quanto os gestores conhecem todos os produtos e serviços que a companhia disponibiliza para os funcionários para que, em um momento de identificação precoce de alguma alteração comportamental, possam indicar o tratamento.

O diagnóstico nem sempre é fácil. “Seria muito interessante empoderar os nossos gestores para que eles identificassem rapidamente que a alteração de comportamento daquele funcionário que passa a não produzir mais, passa a ficar mais apático e recluso socialmente, talvez esteja relacionada a uma situação que esteja causando transtornos mentais”, disse.

Controle do estresse no trabalho

Ela também falou sobre as medidas que podem controlar o estresse no trabalho, começando por mapear as áreas de maior risco, identificar aquelas pessoas que já estão com problemas e fazer a prevenção para que aqueles que estão em excelente performance não sejam afetados. Além disso, reduzir o estigma da doença, falando abertamente sobre o assunto, estabelecer a cultura de acolhimento e aferir e identificar fatores causais através de perfil, pesquisa de clima, dados de absenteísmo, entre outros.

Por fim, a dra. Antonietta compartilhou orientações práticas para que as pessoas quebrem o ciclo do estresse:

  • fazer intervalos regulares para quebrar o momento em que estamos passando por uma tensão ou sendo exigidos por uma determinada situação;
  • descobrir os gatilhos desencadeantes do estresse, porque é importante identificar que tipo de situação leva a ter um comportamento mais evasivo, exacerbado ou retraído;
  • não ser perfeccionista, porque a busca da perfeição é o pior que pode acontecer para pessoas que estão em uma determinada situação de tensão;
  • estabelecer limites para as atividades, com horários para começar e terminar de trabalhar, para descansar, para ficar com a família;
  • e, por fim, fazer uma coisa por vez para ter os compromissos resolvidos e não gerar estresse por ainda ter de fazer algo.

Superação

Ao compartilhar a sua história de vida, e de superação de grandes adversidades, como a perda da mulher ao dar à luz a gêmeos, e as graves sequelas enfrentadas pelas crianças, Gledson deu muita emoção ao webinar. De maneira sincera, ele falou de como teve de reorganizar a vida profissional e do acolhimento e apoio dado pelo Grupo Jacto nos seus momentos de maior dificuldade quando teve de ficar afastado por 90 dias depois do nascimento das crianças e quando passou a sofrer com transtornos mentais. Vale conferir o relato completo no canal da ABRH-SP no YouTube.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (26 de Outubro de 2020)

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