ABRH-SP destaca a importância de um olhar mais humanizado nas empresas para casos de câncer de mama

No momento em que saúde e bem-estar no ambiente de trabalho demandam uma conexão efetiva com a agenda estratégica das empresas, oportunamente a campanha Outubro Rosa traz reflexões sobre a importância do acolhimento e de investimentos em uma gestão mais próxima das profissionais que enfrentam tratamentos de câncer de mama. A ABRH-SP, que defende a atenção integral à saúde dos colaboradores nas organizações, tem um olhar ainda mais sensível para as mulheres que atravessam terapias extensas e rigorosas para tratar a doença.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) projeta cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama no Brasil até o encerramento do triênio 2023-2025. O tratamento da doença, fisicamente desgastante e emocionalmente desafiador, segundo a ABRH-SP, exige das empresas abordagens mais compreensivas e humanas da doença.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), 40% das mulheres que passam pelo tratamento de câncer de mama não retornam ao trabalho. Além das consequências de terapias extenuantes, essas profissionais encontram no retorno às suas atividades um ambiente de trabalho pouco acolhedor e inclusivo.

Com a evolução e a eficácia dos tratamentos, as perspectivas de uma paciente voltar a atuar profissionalmente são cada vez maiores. Neste sentido, ressalta a ABRH-SP, as empresas precisam estar preparadas para lidar com esta realidade.

São várias as iniciativas que podem tornar o enfrentamento da doença menos árduo para as profissionais. Uma delas é a flexibilização da jornada. O trabalho realizado em home office é de grande importância para quem está em tratamento ou retomando gradativamente suas atividades presenciais na empresa.

Na avaliação da ABRH-SP, é fundamental que as organizações tenham um olhar humanizado sobre a profissional. E isso envolve atenção psicológica, valorização da autoestima da colaboradora e compreensão sobre a pessoa que naquele momento passa por muitas dificuldades, inclusive materiais, por estar dispondo de dinheiro e outros recursos para se tratar.

A necessidade de acolhimento e conforto precisa encontrar ressonância no apoio de colegas e gestores. Cabe às lideranças sensibilizar suas equipes sobre a situação e incentivar a empatia, que pode fazer toda a diferença na retomada da rotina de trabalho.

Como forma de conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, as empresas podem promover campanhas que incentivem a adoção de hábitos saudáveis e a realização regular de exames. Quando diagnosticada em estágio inicial, destaca a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), há 95% de chance de cura da doença.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP (29, setembro de 2025)