Com base em estudos setoriais, ao longo dos últimos anos o mercado tem elencando profissões e funções que emergem diante de demandas e transformações tecnológicas. Levantamentos sobre o futuro do trabalho, a exemplo da pesquisa realizada pelo Observatório Nacional da Indústria, vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicam que funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer para dar lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares. Mas seja qual for o cenário, a área de Recursos Humanos, na visão de Eliane Aere, presidente da ABRH-SP, tem um papel extremamente relevante em face da tecnologia que redefine modelos de negócios e do fator humano, decisivo para o sucesso e a sustentabilidade das empresas.
“O que você vai ser quando crescer?” Enquanto o mundo do trabalho experimenta mudanças intensas e profundas, a pergunta, segundo Eliane Aere, merece uma atualização. “O questionamento mais apropriado neste momento seria: ‘Quais os problemas que eu quero ajudar a resolver?’”
Para a presidente da ABRH-SP, esta pergunta — mais abrangente — transita no campo do propósito. “É preciso que os envolvimentos profissionais se baseiem em causas, com a valorização de competências que cada um pode desenvolver para gerar valor”, afirma.
Estudos realizados por diversos setores produtivos no Brasil apontam que a inteligência artificial, realidade consolidada no presente, terá maior relevância nos próximos anos, agregando evoluções da internet das coisas e da realidade aumentada.
Diante dessa perspectiva futura, Eliane Aere observa que a máquina, de fato, vai substituir uma parte da atividade humana. “Mas também haverá outra parte, que não será substituída, porque requer características humanas para que possa existir”, ressalta.
De acordo com a presidente da ABRH-SP, as transformações que encontram reflexos em um futuro não muito distante é uma oportunidade para que estratégias em gestão de pessoas sejam colocadas em prática no presente. Os gestores de RH, destaca, têm a chance de atuar mais intensamente na cultura organizacional para integrar tecnologia, demandas dos negócios e contribuições humanas direcionados ao bem-estar e a resultados mais sustentáveis.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP (24, novembro de 2025)