O Setembro Amarelo, campanha de conscientização e alerta sobre suicídio e saúde mental, evidencia a importância de abordagens constantes e eficientes sobre o tema no contexto da sociedade e também das organizações, onde o RH desempenha papel crucial.
A campanha Setembro Amarelo no Brasil existe desde 2015 e foi idealizada por diversas entidades, entre elas o CVV (Centro de Valorização da Vida).
“Quando nos referimos ao Setembro Amarelo, estamos falando de uma iniciativa mundial, que tem o propósito de trazer conhecimento e informação para que diversos atores sociais e as empresas possam trabalhar na prevenção do suicídio, o que é muito difícil, porque estamos diante de um tema tabu”, observa Mariana Clark, membro do Comitê de Conteúdo do LIFE 2024.
De acordo com Mariana, há uma linha preconizada por profissionais de saúde de que não se deve dar visibilidade ao suicídio. “Acredito que precisamos divulgar, sem dar detalhes, para prevenir, abrir canais de diálogo e colocar na mesa por que as pessoas não estão mais preenchidas existencialmente”, destaca.
Em casos de suicídio há uma tendência da sociedade em acreditar que as pessoas são covardes pelo ato de tirarem a própria vida. “Não são covardes e tampouco corajosas, mas são pessoas que estão no auge de sua dor e muitos casos demonstram depressão profunda, embora existam causas multifatoriais, como transtornos de bipolaridade, esquizofrenia, borderline.”
Nas empresas, a prevenção do suicídio não é responsabilidade exclusiva do RH, mas de um esforço coletivo de todos os membros da organização.
Priorizar a capacitação de gestores para que se consiga reconhecer sinais de alerta e abordar com empatia e eficácia os colaboradores são ações fundamentais.
Também a realização de campanhas internas, alinhadas com os propósitos do Setembro Amarelo, tem função educativa e deve proporcionar discussões sobre a melhoria da saúde mental no ambiente do trabalho.
“O suicídio é uma grande prova de fogo, porque é um ato irreversível, na maioria dos casos, para um problema temporário. Ou seja, o indivíduo tem um sofrimento existencial tão grande que a única alternativa que ele vislumbra para diminuir esta dor é ir acabando com a própria vida. É alguém que não gostaria de terminar com a própria vida, mas terminar com a dor”, conclui Mariana Clark.
Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (16 de setembro de 2024)