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CRA-SP investe na prestação de serviços e no apoio ao desenvolvimento profissional

Como parte da iniciativa de aproximação das entidades relacionadas, direta ou indiretamente, à área de Recursos Humanos, o presidente da ABRH-SP, Theunis Marinho, visitou o presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, Roberto Carvalho Cardoso, no dia 11 de julho.

Dos atuais 68 mil profissionais registrados no Conselho – há ainda 8 mil empresas que atuam no campo da Administração registradas também –, um número significativo atua na área de Recursos Humanos, algo em torno de 35%. Esses profissionais, assim como os demais administradores, têm um leque de serviços e de oportunidades de desenvolvimento à disposição no CRA-SP, como explica, nesta entrevista, Roberto Carvalho Cardoso, que também é presidente do Sindicato dos Administradores no Estado de SP – Saesp, presidente da Federação Nacional dos Administradores – Fenad e diretor da Integração Escola de Negócios.  

GESTÃO DE PESSOAS – Embora a principal função do Conselho seja a fiscalização da profissão, o CRA-SP tem se destacado pela prestação de serviços. O que tem sido feito nessa área?

ROBERTO CARVALHO CARDOSO – O objetivo básico do CRA-SP é fiscalizar o exercício profissional, mas notamos, tanto nos nossos conselhos coirmãos quanto nos conselhos de outras profissões, que isso não tem sido motivo suficiente para fazer o profissional se registrar. O nosso objetivo, portanto, é mudar o conceito de conselho. Hoje procuramos prestar serviço para o profissional dentro de uma gama mais ampla possível. Por exemplo, temos aqui no CRA-SP um posto da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) para fazer a abertura de empresas; um posto do CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola para atendimento de estagiários e aprendizes; do Ministério do Trabalho para emissão de carteira profissional; da Receita Federal; e, ainda, um posto para certificação digital. Oferecemos algo semelhante a um Poupa Tempo, respeitando as devidas proporções. Fazemos ainda a assistência jurídica e, isso é nossa marca registrada, a assistência previdenciária para aposentadoria por meio de um convênio com o INSS, que já tem mais de treze anos. Todo o processo vai pronto para o INSS e, até pela confiança que eles têm no nosso pessoal, a aposentadoria é rapidíssima –  temos onze casos em que o processo levou 24 horas. Também possuímos convênios com aproximadamente 1.000 parceiros prestadores de serviço, como farmácia, clubes, faculdades, hotéis, etc. Além de convênios com uma série de associações, direta ou indiretamente ligadas à nossa profissão, como a ABRH.

GP – Além dos serviços, o que o CRA-SP tem feito em prol do desenvolvimento profissional tanto dos estudantes quanto dos administradores já formados? 

RCC – Em relação aos estudantes, somos pioneiros na entrega de identidade profissional na ocasião da formatura. Há muito tempo realizamos palestras nas faculdades para os estudantes do último ano dando uma ideia do mercado de trabalho e já começamos a apresentá-las também no primeiro ano para que o jovem conheça o curso e o campo que o espera. Recentemente, passamos a emitir a carteira de estudante em convênio com as faculdades. Tudo isso para o jovem ficar consciente da existência do conselho e da profissão dele. Aliado a isso, concedemos o Prêmio Mérito Acadêmico para o melhor aluno da turma e agora estamos iniciando um prêmio semelhante para o melhor professor. Já para os administradores, realizamos uma série de palestras no nosso espaço. Mantemos ainda 21 grupos de excelência sobre diversos temas, como coaching, mediação e arbitragem, teletrabalho, empresa familiar e administração de pessoas. Esses grupos são formados por profissionais de diferentes áreas, não só da Administração, em um ambiente riquíssimo de geração de conhecimento onde circulam aproximadamente 600 profissionais ao longo do ano.

GP – Como o sr. enxerga o futuro tanto da profissão de administrador como de quem atua na área de Recursos Humanos? 

RCC – São profissões do futuro. A profissão de administrador tem vitalidade e pujança enormes e hoje é a mais procurada pelos jovens porque oferece inúmeros campos de atuação e permeia diversas atividades. E, muito embora eu seja suspeito para falar, também é uma profissão boa nos momentos de crise. Com relação à área de RH, vale lembrar que, no passado, ela não era tão valorizada como deveria, sempre ficando de certa forma à margem das demais áreas. Acontece que, com a evolução da tecnologia que estamos vivendo, e tudo indica que isso continuará crescendo cada vez mais, as empresas estão se nivelando. Hoje, preço não é mais elemento diferenciador, todas as empresas têm uma qualidade razoável e temos excesso de produção. Portanto, preço, quantidade e qualidade, que eram os elementos diferenciadores no passado, hoje não são mais. O elemento diferenciador são os recursos humanos, o que tem levado à valorização da área.

GP – Qual é a sua expectativa em relação ao Brasil?

RCC – O momento que vivemos é crucial. É a hora de dar seriedade, de mostrar que estamos combatendo a corrupção. Parece que se está passando o Brasil a limpo, embora haja muita coisa ainda a ser feita. Entretanto, eu acredito no futuro do país por uma razão: vivemos uma crise acima de tudo moral, de passar por todo esse processo, e o reflexo disso tem sido a falta de confiança ou estímulo, mas na hora que sinalizarmos que estamos fazendo algo sério, teremos uma mudança significativa. Eu acredito que estamos nesse caminho.

Fonte: O Estado de São Paulo – 24 de julho de 2016

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