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‘CLT Premium’ tem impactos positivos sobre atração e engajamento de talentos

   

A expressão “CLT Premium” alcançou destaque nas redes sociais ao mostrar a realidade de profissionais que contam com a segurança da CLT em seus contratos de trabalho acrescida de benefícios. Alguns relatos, divulgados principalmente no TikTok, listam vantagens como 14º salário, pacote de academia e vale-refeição acima de dois salários mínimos. De acordo com Luiz Drouet, presidente da ABRH-SP, quanto maiores e mais alinhados aos interesses das pessoas, os benefícios da “CLT Premium” têm impacto positivo para as empresas na atração e engajamento de profissionais.

Além das vantagens adicionais, a “CLT Premium”, segundo o advogado Carlos Silva, coordenador do CORHALE (Comitê RH de Apoio Legislativo), braço legislativo do sistema ABRH em todo o Brasil, deve garantir todos os direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como salário, pagamento de horas extras, adicional noturno, 13º salário, férias com acréscimo de 1/3, FGTS, vale-transporte, entre outros.

O coordenador do CORHALE também menciona o artigo 458 da CLT, que prevê benefícios integrados ao salário, a exemplo de alimentação, habitação e vestuário que, “por força do contrato ou do costume”, são habitualmente oferecidos ao empregado. Silva ressalta ainda que esses adicionais para serem reduzidos ou excluídos requerem entendimento entre empresa e empregado para não resultar em prejuízo ao trabalhador. Neste sentido, o advogado destaca o papel das convenções coletivas de trabalho para disciplinar a oferta e a equiparação dos benefícios diferenciados entre os colaboradores. “Benefícios adicionais não podem ser oferecidos apenas aos novos contratados”, afirma.

Para oferecer os adicionais que terão efeito na atração e no engajamento de talentos, Luiz Drouet observa que os critérios estão associados às necessidades e aos interesses do público de colaboradores. “Para isso, é fundamental pesquisar sobre estas realidades e preferências de forma a escolher benefícios que de fato serão valorizados”, diz.

Para o presidente da ABRH-SP, a geração Z tem influência significativa nas políticas de vantagens. Da mesma forma, a partir da experiência da pandemia, destaca Drouet, profissionais mais experientes ressignificaram suas relações com o emprego e passaram a valorizar a qualidade de vida e os benefícios relacionados a ela, como atividade física e saúde mental, além de desenvolvimento a partir de cursos e idiomas, “que sempre foram valorizados e continuam relevantes”.

Drouet observa que embora os benefícios impactem positivamente na qualidade do capital humano e no engajamento dos colaboradores, fatores críticos para a competitividade dos negócios, cada organização precisa avaliar quais benefícios consegue absorver em sua estrutura de custos, sem comprometer sua sustentabilidade financeira. “Da mesma forma que um novo benefício traz reflexos positivos, sua extinção também acarreta impacto negativo, portanto é importante fazer movimentos que possam ser mantidos mesmo com oscilações de mercado.”

Diante dos benefícios da “CLT Premium”, Luiz Drouet não acredita em um retorno à “celetização” do trabalho. “Os estudos sobre futuro do trabalho apontam para uma transformação do mundo do emprego para um mundo do trabalho, com relações entre organizações e colaboradores cada vez mais dinâmicas e orientadas por projetos”, observa. “Independentemente desta tendência, sempre existirá espaço para pessoas que valorizem modelos mais tradicionais e estáveis e profissionais que prefiram modelos que premiam o risco, com características mais empreendedoras”, conclui o presidente da ABRH-SP.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRH-SP (30 de setembro 2024)

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