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Avanços do mundo em transformação podem alavancar a participação das mulheres na economia

Realizada no último dia 23, no Hotel Unique, na capital paulista, a quarta edição do CONALIFE – Congresso Nacional de Liderança Feminina gerou um conteúdo de grande relevância e qualidade a partir do tema central Liderança 4.0 – Um novo olhar sobre nós. Para divulgar parte do que foi apresentado no dia para uma plateia de 550 pessoas, o jornal Gestão de Pessoas faz, a partir desta edição, uma seleção de alguns dos melhores momentos.

Momento ONU Mulheres

Logo na abertura do congresso, Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres Brasil – apoiadora do evento desde a primeira edição –, falou do desafio constante que é aproveitar os avanços desse mundo em transformação para alavancar a participação das mulheres na economia. Ela lembrou que quando se fala em mulheres é preciso considerar a grande diversidade entre elas – “Somos mulheres negras, indígenas, pobres, vítimas da violência, refugiadas, imigrantes...” – e fez um alerta: “A gente não pode evoluir deixando as pessoas para trás”.

Momento Grupo Boticário

Vice-presidente de RH, Comunicação e Sustentabilidade do Grupo Boticário, patrocinador Premium das quatro edições do congresso, Lia Azevedo disse que o tema da liderança feminina só fica mais relevante a cada ano. Segundo ela, desde a primeira edição do CONALIFE há quatro anos, o Grupo Boticário resolveu acolher o congresso por acreditar que a equidade de gênero é um fator determinante para o contínuo crescimento e a contínua evolução da sociedade: “A gente acredita que juntos podemos muito mais, juntos nós somos mais fortes e juntos, com uma rede de colaboração dessas, a gente realiza muito mais”.

Painel

Liderança no Olhar: A Indústria 4.0 e a Liderança da Mulher foi o tema do primeiro painel do dia, que reuniu a moderadora Livia Mandelli, consultora na Mandelli & Loriggio Associados, Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina, e Daniel Motta, sócio e CEO da BMI Blue Management Institute.

Ana Paula Assis destacou o momento de enorme desafio que o RH está vivendo. Ela citou um estudo realizado recentemente em que 60% dos executivos disseram ter dificuldade de manter as pessoas nas organizações devidamente preparadas e atualizadas para lidar com a nova realidade.

“Uma forma de enfrentar esse desafio será aumentar a diversidade, sendo a diversidade de gênero um desses pilares, mas temos um enorme caminho pela frente: nas maiores empresas do mundo, 95% dos CEOs ainda são homens. Para que a gente consiga praticar a equidade de gênero, as pessoas têm de olhar para cima e verem que é possível chegar lá”, disse Ana Paula.

Entre as principais dificuldades, segundo ela, estão os vieses muito significativos de que a carreira não é uma prioridade feminina e a falta de senso de urgência pelo tamanho do gap, “mas se não começarmos a agir hoje e agora, não mudaremos essa tendência nunca”. E fez um alerta: “A participação feminina na área de Inteligência Artificial, setor da tecnologia que mais apresentará crescimento, é de apenas 20%. É um grande problema, pois, se não aumentarmos a inclusão nessa área, vamos criar sistemas cognitivos que podem repetir padrões do passado”.

Já Daniel Motta falou sobre o contexto de transformação social e do mercado de trabalho no qual a liderança feminina se insere e que passa pela revisão de quatro âncoras psicossociais: família, comunidade, noção de pertencimento de um povo e relação espiritual.

“Quando existia uma família grande e estável, uma comunidade presente, uma noção de povo e uma relação de temor a Deus, as pessoas eram forjadas para obedecerem e servir os outros antes de pensarem em si mesmas, o que os filósofos chamam de ética do dever. As organizações se beneficiaram durante décadas dessa ética do dever, que forjou organizações hierárquicas, lineares, estáveis e absolutamente monolíticas”, explicou Daniel.

Para ele, é isso tudo que está sendo questionado hoje e o que sobrou como referência de vida é a própria imagem no espelho, a chamada ética do prazer, em que não há mais espaço para o comando e controle, e os modelos mais hierárquicos e óbvios não são mais produtivos. “A ética do prazer desafia a ética do dever. A liderança feminina se insere nesse contexto maior que é a própria ressignificação do mundo do trabalho.”

Confira mais conteúdo do CONALIFE 2019 na próxima edição.

Fonte: O Estado de São Paulo, o2 de Junho de 2019.

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