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Conselho Superior de Relações do Trabalho (Cort), da Fiesp, debateu a reforma trabalhista
O professor da FEA-USP José Pastore foi o convidado da reunião do Conselho Superior de Relações do Trabalho (Cort), da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, realizada em 6 de junho, para falar sobre os desafios da reforma trabalhista. A condução da reunião foi feita por Roberto Della Manna, presidente do Cort.
Na análise de Pastore, a produtividade é absolutamente urgente e essencial para a promoção do crescimento da economia brasileira, e a negociação, possibilitada pela reforma trabalhista em discussão, é “quase tudo” para isso. A reforma amplia a área de negociação, tanto no campo individual quanto coletivo. Hoje muito pouco pode ser negociado, lembrou. “Predomina uma rigidez muito grande das relações do trabalho.”
Na avaliação de Pastore, a reforma trabalhista não toca na estrutura dos encargos sociais, mas abre espaço para trocas em vários outros campos, como a jornada de trabalho e o intervalo entre as jornadas. Para as empresas, as negociações valerão a pena se estas conseguirem fazer trocas compensadoras para a produtividade. Isso vai requerer competência e habilidade dos
profissionais de Recursos Humanos e de Relações do Trabalho, assim como os da área Jurídica. Segundo ele, a reforma está na direção correta, mas os profissionais de RH terão que estar afiados em relação às necessidades de produtividade da empresa e ser criativos.
A representação obrigatória dos funcionários nas empresas com mais de 200 empregados, por exemplo, torna dramático o trabalho do RH. A área terá de acompanhar a escolha dos representantes e criar neles a cultura da produtividade.
O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto disse que a reforma é como a discussão sobre decoração de uma casa em ruínas. A questão é muito mais complexa, afirmou. Para ele, a reforma não toca em pontos como a legislação trabalhista, incluindo o direito de greve, a Justiça do Trabalho, com seu poder político, que não pode ser subestimado, os fiscais do Ministério do Trabalho com enorme autonomia. Esse pano de fundo precisa ser examinado, defendeu.
Theunis Marinho, presidente da ABRH-SP e novo conselheiro do CORT, disse que aprendeu que aos sábados e domingos todas as empresas do mundo são iguais. O que muda na segunda-feira são as pessoas. “Estamos num caminho errado, por não fazer lição de casa, de apelar ao arremedo. A reforma trabalhista representa algum avanço, mas é preciso ter a ambição de ir além.”
Na opinião de Theunis, a reforma ainda nos deixa atrás dos grandes países capazes de competir no mundo. “O profissional de RH vai virar moda novamente. A área trabalhista acabou virando algo terceirizado para defender a empresa na Justiça do Trabalho, e isso precisa mudar.” (Fonte: Agência Indusnet Fiesp)
Fonte: O Estado de São Paulo, 25 de Junho de 2017
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