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INSTITUCIONAL: Três anos de conquistas e realizações

Prestes a encerrar seu mandato na ABRH-SP, após três anos na presidência da Associação, Wagner Brunini deixa um legado de realizações que deram continuidade à evolução da entidade iniciada na década passada, a partir da gestão do ex-presidente Walter Sigollo e que foi ampliada nas diretorias lideradas por Vicente Teixeira e Elaine Saad. Na entrevista a seguir, ele fala dessas conquistas e da importância de um projeto de longo prazo para a ABRH-SP.

 

Gestão de Pessoas – Apesar de poder se candidatar à reeleição, o sr. abriu mão dessa prerrogativa. Por quê?

Wagner Brunini – Não tenho dúvida de que a continuidade é um fator importante para a Associação, mas acho que a entidade sempre ganha mais com a renovação. Assim como meus antecessores, acredito que três anos são suficientes para implementar uma série de realizações. Por isso, tomei a decisão de não me recandidatar. Também é importante lembrar que parte da nova diretoria será composta por integrantes da anterior [veja quadro ao lado], o que garante a experiência necessária e a continuidade das principais conquistas.

 

GP – Por falar em realizações, quais foram as principais da sua gestão?

WB – Assumi a Associação com a convicção de torná-la cada vez mais paulista, não necessariamente paulistana. E foi exatamente o que fizemos ao inaugurar as regionais de Campinas, hoje já plenamente consolidada, e, mais recentemente, Bauru e Ribeirão Preto, além de ampliar as atividades da regional Baixada Santista. Também deixamos praticamente acertada a abertura de novas representações, como em Barueri, por exemplo, que estão em fase final de implementação. Essa iniciativa foi fundamental para outra conquista que considero bastante expressiva: o crescimento no número de associados, tanto na modalidade Pessoa Física quanto Pessoa Jurídica. Conseguimos romper uma barreira que se mantinha havia anos, ao fechar o período com o acréscimo significativo no número de associados. Também destaco a reforma da sede, que racionalizou o espaço e tornou o local muito mais confortável para os associados e colaboradores da ABRH-SP, traduzindo os conceitos de inovação e modernidade que têm marcado a gestão atual da entidade.

 

GP – Também houve um esforço para atrair os profissionais mais jovens para a Associação, correto?

WB – Sim. Nós tornamos gratuita por um ano a associação de jovens universitários com até 25 anos, independentemente do curso. É uma experiência que, se bem-sucedida, poderá ser estendida por mais tempo ou, quem sabe, para outras categorias. Também buscamos a aproximação com esse público por meio da reformulação do nosso site e do lançamento de uma rede social própria: a People – O RH Conectado. Desenvolvida única e exclusivamentepara os associados da ABRH-SP, a ferramenta tem permitido o compartilhamento de informações e materiais e promovido grupos de discussão sobre os temas mais atuais e relevantes. São formas de nos aproximar dessas novas gerações que se utilizam da tecnologia para se organizar, interagir, trocar informações e se manifestar perante a sociedade.

 

GP – O que foi feito no sentido de ampliar a representatividade da Associação nas questões referentes às relações de trabalho?

WB – Demos total suporte às ações do Corhale – Comitê RH de Apoio Legislativo, que a ABRH-SP mantém em conjunto com a ABRH-Nacional.  Composto por renomados especialistas nas relações de trabalho, o grupo tem, com o apoio de uma assessoria profissional em Brasília, emitido constantemente notas técnicas sobre projetos de lei que afetam essa relação. As notas são enviadas aos parlamentares e governantes para auxiliá-los nas suas decisões. É um trabalho que tem dado voz aos profissionais de Recursos Humanos em âmbito nacional.

GP – O sr. sempre falou da importância da adoção de determinadas práticas de gestão sustentável que sejam mantidas pela Associação, independentemente de quem ocupa a diretoria. O que foi feito nesse sentido?

WB – Ao lado dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, trabalhamos para definir processos, normas, costumes e políticas que regulamentem a forma como a Associação funciona e é administrada. Uma das principais iniciativas nesse sentido foi criar a obrigatoriedade, prevista pelo estatuto, da contratação anual de auditoria fiscal externa. Outro exemplo é a elaboração de um plano estratégico, no início de cada gestão, que estabelece as ações específicas de trabalho a cada ano. Cito ainda a implantação do SIG – Sistema Integrado de Gestão, um software de gestão empresarial, plenamente adaptado às nossas necessidades, que ainda está em processo de conclusão. São práticas de governança corporativa semelhantes às adotadas pelas empresas de referência no mercado. Para mim, uma governança sustentada é ainda mais importante no caso de entidades como a ABRH-SP, que são compostas por voluntários não remunerados. Como todos dedicam só uma parte de seu tempo à Associação, é necessária uma gestão mais transparente, homogênea e integrada, o que essas práticas permitem.

Continuidade

Dos integrantes da diretoria atual, quatro vão permanecer à frente da nova gestão da entidade: Almiro dos Reis Neto e Donizetti Moretti vão assumir a presidência e a vice-presidência da ABRH-SP; Carlos Silva e João Furlan continuarão, respectivamente, nas diretorias Jurídica e de Regionais, que ocupam atualmente. Deixam a diretoria: Carlos Alberto Griner, Eliane Maria Aere e José Emídio Teixeira.

Página do Estado 16 de Dezembro de 2012

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