Embora conheçam as ferramentas para implantar um programa de compliance, as empresas ainda falham no mapeamento de riscos a que estão expostas, segundo a 4ª Pesquisa Nível de Maturidade em Compliance, organizada pela consultoria Protiviti. Das 446 organizações participantes, 46% nunca fizeram esse mapeamento, base para a efetividade e eficiência dos programas.
“É como se tivéssemos comprado bons remédios sem saber exatamente qual o problema de saúde”, explica Heloisa Macari, sócia-diretora da Protiviti.
Apesar disso, diz ela, houve melhora na visão de compliance. Exemplo disso é que a implantação de programas efetivos deixou de ser prática exclusiva das grandes corporações e tem ganhado destaque também entre as de pequeno e médio porte.
Apoio da alta direção
Outra boa notícia é que mais da metade das empresas – 53% – apresenta nível de compliance médio alto e alto, por possuir patrocínio da alta direção da empresa, investindo em elementos fundamentais, como código de ética, canal de denúncias, planos de treinamento e comunicação, função compliance, auditorias, monitoramentos e due dilligence de terceiros.
Por outro lado, há elementos que requerem mais cuidado e, por falta de conhecimento ou atenção, estão sendo negligenciados ou implantados de maneira equivocada, como a política anticorrupção, indicadores de gestão, red flags para situações não usuais, assessment de riscos e desenvolvimento de planos de ação para melhorias.
“Saber onde estão os riscos e fazer a gestão constante deles, por meio de novas medidas, controles e treinamentos, é fator chave para elevar o nível de maturidade em compliance nas organizações brasileiras”, orienta a especialista.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 08 de novembro de 2018
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