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CONARH retorna ao presencial em grande forma

Foram dois anos e oito meses de ausência, mas, enfim, o CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas retornou ao formato presencial no último dia 18. O que se viu nas ruas, nos estandes e auditórios do São Paulo Expo ao longo dos três dias do evento foi a celebração do reencontro, traduzida em abraços e na alegria dos participantes – cerca de 15 mil pessoas entre congressistas e visitantes da Expo ABRH.

 

Por falar na feira, os mais de 180 expositores apostaram na criatividade para atrair a atenção do público: drag queens, humanóides, avatares convidavam os visitantes para conhecer as novidades em produtos, serviços e tecnologias para a gestão de pessoas apresentadas nos estandes. Como nas edições anteriores, os expositores também ofereceram muito conteúdo gratuito. Na Escola do Caos, por exemplo, 60 líderes e CEOs de grandes corporações passaram pela arena para falar, em palestras de 20 minutos, sobre temas como carreira, aprendizagem,  tendências em gestão de pessoas, mudanças organizacionais e novas competências. Tudo gratuito!

 

Emoção na abertura

Momento sempre especial do congresso, a abertura deste ano não ficou devendo nada às anteriores, pelo contrário, foi marcada por forte emoção. “Que bom estarmos aqui”, disse o presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha, logo ao dar as boas-vindas aos congressistas. “Ao longo desses dias vamos reunir passado, presente e futuro. É tempo de reencontrar pessoas que não vemos há muito tempo, de conhecer pessoas e de pensar para a frente. E aí reside uma importante lembrança. Não podemos esquecer das aprendizagens que tivemos, pois foram únicas”, completou.

 

Sardinha destacou a atuação da área de Recursos Humanos ao longo da pandemia: “Nesse sentido, e sem desmerecer tantos outros profissionais, principalmente os da saúde, os RHs tiveram um papel muito importante, um protagonismo com P maiúsculo desde o início desse desequilíbrio que se instalou aqui. Nós tivemos o privilégio e a obrigação de buscar desde as respostas de legislação até as de nível pessoal. Temos de continuar nessa direção, repensando e remodelando. A pandemia está passando, mas o novo coronavírus ainda vai ficar entre nós. A nossa visão terá de ser ampliada daqui para a frente, baseada na aprendizagem que tivemos, nas responsabilidade e no papel que temos nas organizações”. 

 

Presidente da ABRH-SP, Luiz Drouet parabenizou a organização do congresso, o comitê, estafe e voluntários. “Estávamos todos ansiosos pelo CONARH presencial. Os eventos digitais foram importantes para nos mantermos alimentados, mas nada como um congresso presencial”, enfatizou. Ele convidou o público a conhecer cada vez mais o trabalho das seccionais pelo Brasil: “A ABRH está à disposição de vocês não só no CONARH, mas também durante o ano todo, para trabalhar junto com a comunidade de Recursos Humanos pelo desenvolvimento dos profissionais, das organizações e do nosso país”.

 

Chamados ao palco durante a cerimônia de abertura, Pedro Ramos e Marlene Sousa, presidentes das associações de Recursos Humanos de Portugal e Moçambique, respectivamente, celebraram a parceria com a ABRH Brasil e uma 

novidade deste ano: a transmissão ao vivo do congresso para Portugal, Moçambique e Angola. 

 

Coordenador geral do CONARH 2022, Marcelo Pirani também participou da abertura para agradecer aos mais de 80 palestrantes e às mais de 450 pessoas empenhadas para que o evento desse certo. Ele falou ainda do privilégio de estar à frente de um grupo de 40 profissionais brilhantes do comitê de conteúdo, que criaram em conjunto o congresso, e do tema central deste ano: Pessoas, Gestão e Negócios – É hora de acolher e ampliar os horizontes. “Pensamos muito no tema e achamos que a palavra acolher deveria vir em primeiro lugar, depois ampliar os horizontes”, ressaltou. 

 

Conteúdo

Durante os três dias do CONARH, os congressistas assistiram a sete palestras magnas e 24 simultâneas, com palestrantes nacionais e internacionais, que abordaram assuntos atuais ligados aos temas: Metaverso, ESG, empresas humanizadas, cenários econômicos globais e futuros, liderança e educação.

 

Conhecida mundialmente por prestar consultoria a grandes empresas e falar sobre tópicos relacionados ao futuro do trabalho e resiliência, a americana Elatia Abate, criadora do Future of Now e líder da Forbes, conduziu a palestra magna de abertura  abordando o tema Pense como um Futurista: Como transformar tendências em resultados tangíveis. Head de Health & Human Capital e head de Wealth Solutions Brazil na Aon, Leonardo Coelho cuidou da moderação.

 

Segundo Elatia, futurista é alguém que ajuda o mundo a entender o que pode ser o futuro e, dentro desse futuro, quais as possibilidades positivas e negativas. E foi justamente o que ela fez durante a apresentação. Inicialmente, Elatia contextualizou o mundo do trabalho, citando estudos que apontam que 47% dos trabalhos nos Estados Unidos serão informatizados, mas 85% daqueles que vão existir em 2030 não foram inventados ainda, o que equilibra a balança. No entanto, é preciso levar em conta que a perda de um trabalho afeta até três gerações de uma família. E quais são as soluções para isso? 

 

Por outro lado, quase 4 bilhões de pessoas que nunca tiveram acesso à internet e às oportunidades de empreendedorismo e educação estão entrando online. “Vocês já imaginaram o impacto disso na economia?”, questionou. “Existem muito mais oportunidades do que já existiram na história da humanidade, só que com uma cara diferente daquilo que a gente está acostumado. Cabe a nós buscarmos essas possibilidades.” 

 

Ela falou das grandes mudanças de paradigmas que já estão acontecendo. Estamos saindo de um mundo de ou para um mundo de e. Hoje os profissionais podem ser corporativos e simultaneamente empreendedores; estamos saindo de um mundo só local para um mundo local, global e virtual ao mesmo tempo (a Nike, por exemplo, tem uma loja em São Francisco, na China e também no Metaverso). Estamos saindo de um mundo de escassez para um mundo de abundância, de um mundo do negócio pelo negócio para um mundo em que o negócio é gerar valor no sentido mais amplo; e de um mundo linear para um mundo exponencial, o que tem grande impacto nas estratégias e na forma de liderar. 

 

O futuro também foi tema da palestra simultânea Tecnologia e Pessoas, conduzida por Carlos Piazza, futurista e darwinista digital, e Daniela Pelosi, especialista em aprendizagem corporativa e treinamento de líderes. Ambos reforçaram que a tecnologia não deve ser vista como uma finalidade em si, mas um meio para melhorar a vida humana. Em relação à gestão de pessoas, não há mais espaço para a liderança baseada em comando e controle. É preciso desenvolver as capacidades humanas de criatividade, empatia e cognição, além de, como destacou Piazza, preservar nas mãos das pessoas “tudo aquilo que é das pessoas, e deixar as máquinas executarem o que é das máquinas”.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (25 de Abril de 2022)

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