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Exemplos de condutas de resiliência e superação para inspirar você

Exemplos de resiliência não faltam na jornada da família Schurmann desde que Vilfredo e Heloísa decidiram velejar pelo mundo junto com os três filhos. Foram dez anos de planejamento até a primeira viagem, em 1984, e muita resistência de familiares e amigos, que diziam ser impossível.

Heloísa Schurmann
? Divulgação

“Não se tratava de uma crise, mas de um cenário negativo porque todo mundo era contra o que sonhávamos fazer”, conta Heloísa Schurmann, ativista do meio ambiente, pesquisadora e autora de livros que narram as aventuras da família pelo mundo. “O tempo inteiro tivemos que ter mais resiliência porque os obstáculos eram muito grandes, entretanto começamos a ver saídas, buscar soluções para todos os desafios. Desde cedo, o sonho dessa viagem foi nos dando essa ferramenta que a gente na época nem sabia que tinha.”

O maior exemplo de construção da resiliência, lembra Heloísa, veio quando, em 1992, enfrentaram uma grande tempestade em alto-mar no caminho entre a Nova Zelândia e as Ilhas Fiji. Ao longo de dias, tiveram de superar ondas de 10 metros, ventos a 120 quilômetros por hora, a quebra dos mastros do veleiro, chuva e muito frio. “Foi a primeira vez que pegamos uma tempestade dessas com nossos filhos. Sentimos medo, mas nunca pânico. A gente foi descobrindo a resiliência de enfrentar a crise.”

Eduardo Carmello ? Divulgação

Justamente não esperar a onda chegar, mas se antecipar e aproveitar a onda, ser proativo nesse processo, conseguir, mesmo diante da turbulência, inovar e produzir são condutas de resiliência, segundo estudos de terceira geração sobre o tema, como explica um dos maiores especialistas brasileiros no assunto, Eduardo Carmello, fundador da Entheusiasmos, consultoria em talentos humanos.

Ele destaca as cinco condutas de pessoas resilientes: percebem a situação como positiva; são proativas, enfrentam a situação para descobrir grandes oportunidades; encontram estratégias para se reorganizar; são focadas e flexíveis; e têm a capacidade de conseguir encontrar alternativas diante da adversidade.

Para Eduardo, a crise do novo coronavírus é uma onda intensa demais, pesada demais. Ser resiliente é uma maneira de enfrentá-la, mas resiliente no sentido de aprender, experimentar e testar coisas novas. E estar preparado, como recomenda Heloísa, para encontrar alternativas para as tempestades da vida, além de ter um otimismo sincero de coração.

Pedra em diamante

Uma boa maneira de encontrar otimismo na crise é se inspirar em exemplos de superação, como as histórias de vida de Robson Caetano, medalhista nas Olimpíadas de Seul (1988) e Atlanta (1996), e Andrea Schwarz, LinkedIn Top Voices 2019 e CEO da iigual Inclusão e Diversidade.

Robson Caetano
? Divulgação

Oriundo de uma comunidade carente no Rio de Janeiro, de alto índice de violência e baixo índice de acesso ao conhecimento, Robson transformou a sua vida pelo esporte. De uma realidade em que abria a geladeira e não tinha o que comer, foi para a universidade, se formou em Jornalismo e Educação Física, e conheceu a glória do pódio olímpico.

“Se você me der pedra, eu preciso transformar de alguma forma em diamante. De onde venho, ou você faz o bem ou faz o mal, não existe meio-termo. Então, tem de decidir logo, com o que recebe da vida, a forma como pode transformar isso. A vida nos dá tijoladas o tempo inteiro. Você tem de pegar esses tijolos e fazer uma construção sólida para que nada abale a estrutura”, reflete Robson.

Andrea Schwarz ? Divulgação

Cadeirante desde os 22 anos, Andrea não aceitou os rótulos e estereótipos que a sociedade lhe impôs, tanto que já viajou com a cadeira de rodas para mais de 40 países, auxiliou 800 empresas nas questões de inclusão e ajudou mais de 20 mil pessoas com deficiência a serem empregadas no mercado de trabalho. “A deficiência é uma superação diária. Minha força vem de um propósito, que é o de tirar as pessoas com deficiência da invisibilidade e melhorar a qualidade de vida delas através do emprego.”

Especialmente para os profissionais de RH, Robson lembra que atravessamos um momento em que todos nos tornamos muito iguais. Portanto, há uma oportunidade de o RH olhar para as pessoas capazes que vivem em comunidades carentes, para aqueles que estão em cadeira de rodas e tem outras deficiências para serem o que quiserem dentro das empresas, até presidente. 

Andrea concorda: é preciso revisitar os processos seletivos. “Quando olho o retrato da alta liderança das 500 maiores empresas do país ainda vejo um grupo privilegiado. Como mudo isso? Trazendo pessoas para qualquer tipo de vaga. Na hora que a gente reconhece que está sendo enviesado, quais são as ações para desconstruir isso para fazer uma empresa pensada para todos?”, questiona.

Eduardo Carmello e Heloisa Schurmann, Robson Caetano e Andréa Schwarz falaram, respectivamente, sobre Resiliência e Superação nos webinars realizados pela ABRH-SP em 2 de junho, especialmente para a Semana do RH.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP – 08 de Junho de 2020

 

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