Felicidade no trabalho! É possível?
A felicidade no trabalho vem sendo debatida e estudada há algum tempo, ainda assim, durante 2020 e 2021, com o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, tivemos um aumento significativo de profissionais e estudiosos explorando o tema, correlacionando-o com os impactos na saúde e no bem-estar dos profissionais.

Constatamos no Grupo de Estudos que, ao longo desses dois anos, cresceu o número de empresas que estão promovendo ações relacionadas ao assunto, porque elas perceberam que profissionais felizes no trabalho são mais produtivos, tendem a ficar por mais tempo no emprego, entre outros fatores que colaboram com a saúde, diminuindo o absenteísmo, fomentando o engajamento e o trabalho colaborativo e gerando bem-estar corporativo.
Lembramos que a felicidade é diferente para cada pessoa por se tratar de um conceito abstrato, subjetivo, individual e difícil de explicar. Segundo Aristóteles, a felicidade é um estado prolongado e durável de plenitude que potencializa a satisfação e o equilíbrio físico e psíquico, e ainda transforma o sofrimento e a ansiedade em emoções e sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa e que proporcionam o bem-estar e a paz.
Apesar deste assunto estar em alta e dos inúmeros estudos e pesquisas sobre os benefícios que a felicidade promove no ambiente do trabalho, ainda assim é um grande desafio para a maioria das empresas garantir o bem-estar entre os profissionais. Isso porque não há uma solução imediata. Trata-se de uma jornada que requer uma série de estratégias para proporcionar um ambiente seguro psicologicamente, e intimamente ligado às ações que estimulam um clima de confiança e respeito, e, portanto, fortalecem e propiciam uma cultura organizacional em que as relações saudáveis influenciam no engajamento, na satisfação e no bem-estar dos colaboradores.
Sendo assim, acredito que é possível manter a felicidade no trabalho implantando um programa feito sob medida e que qualifica tanto os aspectos dos indivíduos, quanto os pontuais e estratégicos, além das características e outras questões relevantes à realidade do negócio, do clima e de sua cultura. Do outro lado, é relevante estimular atitudes individuais e coletivas que permitam empreender ações para o engajamento, a eliminação de causas da infelicidade e fomentar uma cultura de bem-estar corporativo. Consequentemente, haverá maior felicidade no trabalho em todas as esferas, mas as ações devem ser incentivadas e sustentadas a fim de manter a chama acesa da felicidade no trabalho.
Por Rosangela Zarza, integrante do Grupo de Estudos de Felicidade no Trabalho – 30 de maio de 2022