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Grupos de Estudos – Será?

Na atualidade em que as informações estão disponíveis para todos e a todo o momento, participar de grupos de estudos pode parecer um desperdício de tempo. Mas será que é isso mesmo? Podemos definir grupo de estudos como um grupo de pessoas que se reúnem com regularidade para discutir, aprofundar, aprender, e até gerar novos conhecimentos/conteúdo, sobre um determinado tema de interesse. A participação em um grupo de estudos deve ser espontânea e a vontade de compartilhar e se dedicar, verdadeira. A figura de um facilitador pode ajudar o grupo em termos de organização e identificação de possibilidades de ações de aprendizagem. Estamos saindo da era do conhecimento para entrar na era da sabedoria. O que isso significa? O conhecimento é formado pelo acúmulo de estudo e vivências, é algo que buscamos no mundo exterior e trazemos para nós. Já a sabedoria é resultado de um processo de elaboração interna do conhecimento e das experiências, que gera uma nova forma de pensar e agir no mundo. Um grupo de estudos pode contribuir para a ampliação da sabedoria, uma vez que apoia a elaboração e internalização do conhecimento por meio da construção colaborativa. Devemos buscar formas de aprendizagem que estejam em linha com a busca da sabedoria, ou seja, que facilitem nosso crescimento como pessoas e uma ação no mundo mais equilibrada. Segundo a andragogia, o ser humano adulto não é uma página em branco, já possui conhecimento acumulado e qualquer proposta de aprendizagem de adultos deve levar isso em conta. Nesse caso, um grupo de estudos propicia a oportunidade de cada membro contribuir com suas possibilidades já construídas e trazer para o grupo seu conhecimento e sabedoria prévios. Alguns benefícios proporcionados por fazer parte de um grupo de estudos:
  • Aumento da motivação: o grupo pode ser fator de incentivo e motivação para aprofundamento em um tema de interesse e também para apoiar a prática de novas formas de aplicação do conhecimento.
  • Propicia disciplina: o fato de ter reuniões periódicas e datas definidas para a evolução do aprendizado contribui para que o aprendizado evolua.
  • Facilitação do aprendizado: ter como integrantes pessoas com diferentes níveis de conhecimento sobre o tema ajuda o grupo a fazer questionamentos que ampliem a visão. Além disso, ter um dos participantes na figura de facilitador garante que alguém se preocupe em propiciar metodologias de estudo que contribuam para o aprendizado.
  • Liberdade de escolha: o grupo tem total liberdade para encaminhar os estudos de acordo com seu interesse e motivação e redirecionar sempre que necessário.
  • Multiplicidade de visões: pessoas diferentes trazem visões diferentes e isso engrandece cada um dos participantes.
  • Criação de rede de conhecimento: propicia o estabelecimento de rede confiável de apoio e troca de conhecimentos.
Segundo D.W. Johnson e R.T. Johnson, em um trabalho acadêmico sobre aprendizagem cooperativa, existem alguns critérios para a avaliação de êxito em grupos de estudos:
  • Dependência positiva: os participantes dependem uns dos outros para que a aprendizagem aconteça. Cada individuo traz força para o grupo.
  • Responsabilidade individual: cada participante deve individualmente cumprir com os combinados do grupo (tarefas, atividades, pesquisas).
  • Interação construtiva: a participação de todos estimula a evolução dos estudos. Concordâncias e discordâncias são fundamentais para atingir os resultados.
  • Habilidades sociais: os membros constroem uma relação de confiança, que favorece o avanço e crescimento do grupo.
Termino com a citação de Albert Einstein: “Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer”. Caro leitor, caso ainda não tenha participado de grupos de estudos, acho que vale a pena viver essa experiência. Para conhecer os Grupos de Estudos da ABRH-SP, visite nosso site: www.abrhsp.org.br   Por Yara Leal de Carvalho, diretora dos Grupos de Estudos da ABRH-SP e facilitadora do Grupo Comunicação Não Violenta, de São Paulo (SP)      

Fonte: O Estado de São Paulo, 31 de Dezembro de 2017.

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