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Inteligência emocional como diferencial competitivo

Uma das 10 habilidades dos profissionais do futuro segundo o World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial), a inteligência emocional ganhou ainda mais relevância neste cenário atual repleto de incertezas. Para abordar o tema, a ABRH-SP Noroeste Paulista realizou, no último dia 30, um webinar com a psicóloga organizacional e coach Suzy Fleury, estudiosa do assunto há algumas décadas. Online e gratuito, o evento teve a moderação de Fabiane Assumpção, diretora de Conhecimento da Regional, e Juliana Ferrari, diretora de Gestão de Pessoas da Acirp Rio Preto (Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto), parceira institucional da ABRH-SP Noroeste Paulista. Confira algumas reflexões da palestrante:

 

Relevância

“A inteligência emocional está no topo da pirâmide em termos de importância, porque nos diferencia especialmente nos momentos de decisão. É um tema capaz de dar empoderamento ao ser humano, de fazer com que a gente se aproprie do que estamos plantando e vivendo aqui e agora para colher não só aqui e agora, mas, principalmente, em relação ao que projetamos para o futuro”, ressaltou Suzy.

Segundo ela, quando investimos em inteligência emocional, desenvolvemos uma maturidade maior. Suzy citou Daniel Goleman – uma das autoridades máximas do tema. Ele explica que a maturidade se refere a desenvolver a capacidade de abrir espaço entre o impulso para ter uma ação mais inteligente e mais estratégica. “É preciso aprender a fazer isso acontecer, porque no automático o impulso vem primeiro.”

Para Suzy, três grandes motivos justificam o investimento em inteligência emocional: a saúde mental, principalmente com o aumento de casos de depressão e transtornos de ansiedade; os relacionamentos, pois estamos dentro de um ambiente corporativo onde convivemos com diferentes gerações, de imigrantes e nativos digitais, então é importante avançar na inteligência emocional para qualificar tais relacionamentos; e performance, usando-a para melhorar e expandir o desempenho.

 

Jornada

Na visão de Suzy, aprender sobre inteligência emocional é uma jornada, sustentada em três pilares: ciência, método e melhores práticas. “Em primeiro lugar, devemos procurar as referências na ciência. Não dá para começar de outra maneira, a não ser consultando as autoridades. Depois, vem a parte mais importante: para eu ser uma pessoa inteligente emocional, quais são os ingredientes de que preciso? É a parte mais trabalhosa, mas, quando a gente identifica, pode ir para a próxima etapa, que é avaliar a lista, o que está faltando e aí desenvolver os ingredientes por meio das melhores práticas.”

Por falar em melhores práticas, ela sugeriu duas. A primeira é baseada no projeto liderado por Chade-Meng Tan, diretor de RH do Google, que desenvolveu o Busque dentro de Você, programa implantado dentro da empresa com tanto sucesso que foi replicado numa entidade que desenvolve formadores em vários lugares do mundo. A base é o mindfulness com foco de atenção seletiva. Conseguir esvaziar a mente dos pensamentos automáticos que ficam ruminando e desestabilizando a nossa parte emocional.

“Eu proponho melhorar o foco de atenção em 1 minuto. Com 1 minuto em qualquer momento a gente pode estabilizar o nosso emocional. É muito valioso. A saúde melhora bastante, o relacionamento é qualificado e há uma melhora no desempenho, porque o foco de atenção seletivo aumenta a capacidade de enfrentamento, de resolver problemas, de tomar decisões”, enfatizou a psicóloga.

A outra prática é baseada na experiência de sucesso do FC Barcelona, clube de futebol que tem um programa de inteligência emocional para todas as suas modalidades esportivas. Suzy destacou 7 técnicas de autogestão abordadas no programa: régua dos problemas, colocar na dimensão de 0 a 10 cada problema; solução de problemas, qual a meta, as alternativas, as vantagens e desvantagens de cada uma delas para decidir e agir na direção que me interessa; desafio de crenças limitadoras, uma série de questionamentos que a gente faz para aumentar a crença de que somos capazes de fazer aquilo acontecer na direção que nos interessa; tomada de decisão; lista de gratidão; feedback sanduíche; e mindfulness / atenção plena.

 

Desafios

Suzy falou ainda como a inteligência emocional pode contribuir muito nas organizações neste cenário de pandemia. “A gente está em um país que ocupa o primeiro lugar do mundo em transtorno de ansiedade. E ansiedades são incertezas, que só vão aumentar daqui para a frente. O primeiro passo é observar a mudança de comportamento: quem está funcional, continua buscando estar feliz a maior parte do tempo, e quem mudou o comportamento, se isolou, mostrando certa dificuldade para enxergar soluções. Em segundo lugar, aprender a sair desse quadro e buscar ajuda se não conseguir sozinho. E aí entra muito a participação da liderança de também observar tais comportamentos. Se o quadro for mais grave, encaminhar para a psicologia, de preferência a cognitiva, que aborda esse aspecto de forma mais cientificamente organizada com método e práticas.”

Especificamente para o RH, ela recomendou que, em primeiro lugar, ele deve perceber que, antes de ser um profissional de RH, é uma pessoa. E deve primeiramente se qualificar como pessoa, porque é o que vai estar no centro do eixo do papel profissional desempenhado por ele. “Minha sugestão é que o RH passe pelo processo de autointeligência emocional, em que vai entender um pouco melhor os fundamentos e escolher a metodologia para, então, expandir seus conhecimentos para os outros profissionais da empresa.”

 

Assista à íntegra do webinar no canal da ABRH-SP no YouTube.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (09 de Novembro de 2020)

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