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Práticas ESG na pauta dos investimentos

O entendimento e a aplicabilidade de critérios de ESG, sigla em inglês para ambiental, social e governança, pelas empresas brasileiras é cada vez mais uma realidade. Atuar de acordo com os padrões de ESG produz resultados palpáveis e amplia a competitividade do setor empresarial, tanto no mercado interno quanto no externo.

Para aprofundar esse tema de grande interesse para os RHs, a Regional Metropolitana Oeste promoveu, em agosto, o webinar Práticas ESG: Diversidade e inclusão na pauta dos investimentos, com as participações de Renata Martorelli, diretora-presidente da Pontos Diversos, Associação para a Promoção da Diversidade Sociocultural e Ambiental; e Rose Gabay, diretora de RH da OdontoPrev. Vice-diretor da Regional, Fernando Lima mediou o debate. (Assista aqui)

Como explicou Renata, reguladas pelo próprio mercado, hoje as práticas de ESG se referem aos impactos na gestão, às responsabilidades com processos e resultados, e às relações com os investidores e consumidores. “Quando nos referimos a práticas sociais e ambientais, falamos do impacto socioambiental, que tem relação com a gestão de resíduos, a proteção animal e da biodiversidade, a pegada de carbono, a educação para o meio ambiente, as relações com a comunidade, o engajamento, treinamento e aplicabilidade da cultura, e a diversidade e inclusão.”

Ela abordou, principalmente, a pauta de diversidade e inclusão dentro do ESG. “A desigualdade tem cor, gênero, território e funcionalidade. Por isso, é importante que as empresas passem a olhar para essa questão a partir de uma lógica mais ampliada. Dialogar sob uma outra lógica para além do lucro, contemplando as pessoas e o planeta, e entendendo como essa lógica funciona, com um olhar um pouco mais estrutural. De acordo com Renata, mantida a tendência dos últimos 20 anos, os negros só terão a equiparação salarial com os brancos em 2089, ou seja, 200 anos depois da abolição da escravidão.

Muito embora a empresa seja um grande espaço de reprodução da nossa cultura e do que representa a nossa sociedade, infelizmente, ainda representa somente em parte, porque não existe a representatividade total das pessoas nos ambientes profissionais. “Hoje em dia, em todos os ambientes, em especial no ambiente profissional, investir em uma cultura organizacional diversa e inclusiva resulta em ambientes de trabalho mais colaborativos, inovadores e criativos. Quando as relações de fato são respeitosas, os conflitos são gerenciados e o profissional é valorizado, a empresa contribui para que sejamos mais inclusivos como sociedade e recebe de volta muito mais reconhecimento, engajamento e resultado”, resumiu.

Segundo Renata, existe um mundo de possibilidades para juntos fazermos a diferença:

  • fazer um diagnóstico preliminar e integral corporativo, com análise qualificada e relatório situacional;
  • investir em educação corporativa, por meio de palestras, treinamento e desenvolvimento de equipes e lideranças;
  • investir no relacionamento com a comunidade, com ações de impacto social e de promoção da igualdade com alinhamento estratégico para os negócios;
  • preparar e executar um plano de comunicação integrado para a diversidade; e
  • orientar as ações para relatórios de sustentabilidade.

“Os resultados estão extremamente ligados ao impacto: qual o impacto que você como pessoa, que a empresa onde você trabalha, que os espaços onde você convive estão gerando na sua vida, na vida das pessoas à sua volta, na sociedade onde você vive e no planeta onde todos nós habitamos?, ela questionou.

Case OdontoPrev

Rose citou a pesquisa Climate Change and Sustainability, de 2020, realizada pela consultoria EY, em que 98% dos investidores pesquisados disseram avaliar o tema do ESG para tomarem as suas decisões, sendo que 72% deles afirmaram realizar uma análise estruturada do desempenho de ESG, um indicativo de que esses critérios fornecem informações sobre as empresas, essenciais para a avaliação dos investidores.

“Trata-se de um tema que está ganhando uma relevância muito grande, o que é bastante positivo. As empresas que conseguem evoluir nesse tema também têm um ganho na perspectiva do mercado de capitais e de investimentos. O que vai garantir a sustentabilidade e a longevidade do negócio de fato é o quanto essa empresa tem impacto na sociedade, o quanto está associada a valores”, disse Rose.

Entretanto, além do investidor, o tema ganha relevância na visão de RH, quando se fala em talentos e em engajamento. “Cada vez mais os colaboradores estão ligados em trabalhar em uma empresa que tenha realmente propósito, valores reais do dia a dia que não sejam só um discurso, mas sejam vividos. Os candidatos também nos perguntam sobre esses temas, as pessoas mudam ou não de emprego considerando esses valores o. Evoluir no assunto, portanto, não é só uma questão de seguir uma tendência. Já temos vários estudos, como o da Mckinsey & Company, que mostram que as empresas com mais diversidade conseguem ter melhores resultados, mais lucro, mais sucesso e maior visibilidade.”

Ela destacou que a OdontoPrev, líder em planos odontológicos na América Latina, já nasceu como DNA de sustentabilidade. A missão da empresa sempre foi gerar acesso a uma odontologia de qualidade aos diversos públicos. Hoje, a empresa afirma ter sido a primeira operadora de planos odontológicos 100% carbono neutro no Brasil, fazendo a gestão dos indicadores de sustentabilidade ambiental e levando esses indicadores para o negócio e a operação. Além disso, só neste ano houve a redução de mais de 3 toneladas de papel pela digitalização e otimização de todos os processos.

No lado social, segundo Rose, a empresa está avançando bastante na questão de diversidade e inclusão. “Sabemos que ainda temos muito a avançar, mas temos feito esforços para ter uma paisagem bastante diversa na organização, uma representação da sociedade mais fidedigna. Também temos um projeto, que a gente chama de OdontoTech, em que trazemos jovens em situação de vulnerabilidade social para se formarem em áreas da tecnologia, além de atendermos mais de 7 mil jovens em saúde bucal.”

Internamente, ela destaca o Programa Vida Leve, que cuida da saúde dos colaboradores de uma maneira mais integrada, envolvendo os aspectos físicos, mentais e de segurança psicológica. “Também cuidamos da saúde dos nossos beneficiários. Durante a pandemia, criamos o dentista online, que era algo impensado e que ganhou uma repercussão incrível, tanto que devemos permanecer com esse tipo de atendimento no pós-pandemia porque ajuda demais os beneficiários. Eles podem tirar dúvidas e orientações em um clique de uma maneira mais rápida, ágil e com segurança.”

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (13 de setembro de 2021)

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