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Quando você pensa em Diversidade e Inclusão, o que vem a sua mente?

Quando pensamos em diversidade, é fundamental incluirmos toda a nossa sociedade, uma vez que temos 54% da nossa população que se autodeclara como pretos e pardos, mais de 20% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, e temos também 10% de pessoas LGBTQIA+. 

 

Porém, quais são os entraves encontrados para que a inclusão realmente ocorra no mundo corporativo? A neurociência explica que os vieses inconscientes são mecanismos do cérebro humano, ou seja, todos nós julgamos inconscientemente. Por consequência, os estereótipos de gênero, raça, classe, orientação sexual, idade, entre outros, geram discriminação e desigualdade social.  

 

Falar de vieses inconscientes pressupõe resgatar as crenças internalizadas que colecionamos ao longo da nossa história. Nosso comportamento é moldado e influenciado pelo ambiente em que estamos inseridos, pelas pessoas que convivem ao nosso redor e pelas experiências que adquirimos. Consequentemente, formam-se os padrões comportamentais que nos levam a tomar decisões pautadas em todos esses aspectos. 

 

Conforme dados recentes, 68% das pessoas LGBTQIA+ afirmam ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, o que transforma o Brasil no líder mundial dessa estatística. Além disso, 33% das empresas brasileiras ainda afirmam que não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia, o que torna de fácil compreensão o fato que 61% dos funcionários LGBTQIA+ optam por esconder a sua orientação sexual no ambiente corporativo. 

 

A inclusão de pessoas idosas na sociedade também enfrenta muitos estigmas sociais, pois o envelhecimento é estereotipado como doença e inutilidade. Com isso, esse preconceito contribui para a propagação do etarismo, que é a discriminação contra ou a favor de um grupo etário. 

 

Já o capacitismo dificulta a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mesmo com a chamada Lei de Cotas (a lei nº 8.213) tendo completado 30 anos. Desconhecimento, dúvidas e receios de equipes e gestores em lidar com as deficiências impedem que sejam mais inclusivos, fazendo com que a acessibilidade atitudinal seja a maior barreira de entrada. 

 

Com a evolução tecnológica foi possível que o acesso à informação se tornasse instantâneo e, com isso, houve importantes mudanças nos cenários organizacionais, fazendo com que a competitividade aumentasse cada vez mais. É preciso que a liderança se adapte às necessidades de mercado, valorizando as características de cada um, a fim de trazer o melhor resultado para a empresa. Logo, é necessário que o gestor tenha competências específicas para lidar com uma equipe diversa para que a experiência e a inovação de seus integrantes contribuam para o sucesso da equipe. 

 

Em paralelo a isso, a diversidade nas empresas deve ser um projeto estratégico, pois, se não há representatividade dos consumidores e da sociedade na  organização, nunca saberemos como pensam e como preferem consumir. Uma vez que ideias, soluções e inovações surgem somente com a diversidade de pensamentos, que nada mais é do que a diversidade de vidas vividas e experimentadas.  

 

Grandes corporações já iniciaram programas de Diversidade & Inclusão, enquanto outras já começaram a colher resultados mensuráveis e consistentes. 

Quando alcançamos consciência sobre nossos vieses, conseguimos desenvolver um novo olhar para compreender as diferenças entre igualdade e equidade, consequentemente, decisões mais assertivas que potencializam o negócio. 

 

Por Cah Rangel, Ednea Cristina Guimarães Andrade, Fabiana Granzotti, Geovanna Gonçalves de Lima, Giovane Prestes e Mariela Assmann, participantes do Grupo de Estudos de Diversidade & Inclusão 

São Paulo, 04 de Abril de 2022

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