O Grupo de Estudos Resiliência nas Neurociências discutiu esse tema com o objetivo de disseminar o conhecimento e compreender a resiliência como um comportamento que pode ser moldado, treinado e mensurado. A resiliência científica passou por quatro ondas que ampliaram seu conceito e um novo olhar sob a luz da neurociência:
Primeira onda: nos anos 1960 e 1970, as pesquisadoras Werner e Smith conceituaram a resiliência como um traço de personalidade. Nesta época se entendeu a resiliência como um traço de enfrentar de peito aberto desafios e adversidades e sair ileso. Foi o tempo dos chamados invencíveis.
Segunda onda: aconteceu do início dos anos 1970 até meados dos 1980 por meio de pesquisadores como Michael Rutter e Frederic Flach. A resiliência nascia das relações sociais, nas escolas e relações humanas e não de um fator genético.
Terceira onda: os estudos de Edith Grotberg e Boris Cyrulnik começaram, a partir dos anos 1980, a conceituar resiliência como multidisciplinar e pós-moderna e outros como relacionada ao sistema de crenças.
Quarta onda: a partir da metade dos anos 1990, a resiliência passou a ser entendida como comportamento, que pode ser compreendido e desenvolvido com base em neurociências.
George Barbosa, doutor em Psicologia, Fundador da Sociedade Brasileira de Resiliência (Sobrare) e criador da metodologia “Abordagem Resiliente”, nos anos 2000, devido sua influência pela perspectiva da Penn University, veio explicar que a resiliência não é algo abstrato. Porém, é organizada pelo conteúdo de crenças moduladas em áreas distintas da cognição humana. Tais crenças podem ser mapeadas e mensuradas nos diversos ambientes, como familiar, social e, particularmente, profissional.
Em consequência a este modo de conceituar resiliência, viu-se que se definia por um jeito de pensar estratégico que embasa as melhores maneiras de se fazer o enfrentamento das adversidades.
Em conclusão, temos a capacidade de desenvolver resiliência pela exposição aos desafios e lidarmos com cada uma das áreas, facilitando o treino e a capacitação de habilidades e competências com a finalidade de apresentar “posturas de enfrentamento adequadas”. Este foi o eixo principal dos debates em nosso grupo de estudos na ABRH-SP.
Por Giovane Prestes, participante do Grupo de Estudos Resiliência nas Neurociências
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