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Empregos formais para onde vamos?


A diminuição da geração de empregos formais em 2014 foi notícia nos jornais por conta do pior resultado desde 1999. No regime CLT foram criados pouco mais de 500 mil postos, em números do Ministério do Trabalho. Em São Paulo foram 87,1 mil. Para o próprio governo, reflexo da situação econômica. Fomos ouvir empresários para entender como esse resultado reflete na mesa de quem contrata.

 

Na última década, como diretor da Azul Linhas Aéreas, Johanes Castelano contratou mais de 10 mil funcionários. “Por conta da política de voos da companhia, criamos empregos em todo o país, não só nos grandes centros. Foi um movimento importante no mercado e no setor, impulsionando inclusive a profissionalização.”

Hoje, na multinacional ADAMA, corporação israelense com duas aquisições no Brasil e 30 no mundo, ele relata como a política de direitos trabalhistas brasileira está engessada frente aos novos modelos de gestão. “As empresas estão se reinventando diante de um mundo que prevê acima de tudo flexibilidade para alcançar resultados. E, no Brasil, o emprego formal é importante em muitas categorias e atividades, mas não é mais a única maneira de patrão e empregados se relacionarem. Áreas como a de serviços podem abrigar relações de terceirização, de microempreendedores individuais, que geram renda da mesma maneira, mas não são considerados nos cálculos de postos de trabalho.”

Em contato com executivos estrangeiros, na Azul e na atual experiência, Johannes conta como eles veem o cenário de contratações:  “Os estrangeiros se assustam com as complicações das regras trabalhistas brasileiras, bem como com os custos envolvidos, o que desfavorece os investimentos. Nós, brasileiros, precisamos ser muito didáticos para ajudá-los a compreender coisas que mesmo muitos brasileiros têm dificuldade de entender. O conceito de dissídio coletivo é algo exclusivo do mercado nacional”.

Para quem busca uma colocação em empresas multinacionais, ele recomenda: 

“Sem dúvida, a primeira habilidade a ser buscada é a capacidade de se comunicar em outra língua.  O inglês, por exemplo, continua sendo o idioma mais importante.  Alguns se iludem e buscam as facilidades do espanhol para se mostrar bilíngues, mas o mercado para o english speaker é muito mais abrangente. A capacidade de se relacionar com diferentes culturas é igualmente fundamental.  A comunicação linguística é apenas uma parte da comunicação total.  Traços da cultura, dos valores e dos costumes permeiam as relações profissionais. As competências que têm me chamado mais a atenção para o sucesso no relacionamento com o exterior são: comunicação interpessoal, empatia e a resiliência.”

 

Fonte: Folha de Alphaville – 25/09/2015

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